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Commodities atenuam queda do Ibovespa por cautela externa, antes de agenda semanal ganhar força

A queda moderada dos índices de ações internacionais nesta segunda-feira, 25, contamina o Ibovespa, em semana encurtada pelo feriado da Páscoa, na sexta-feira, e de divulgações de peso. Com isto, a liquidez já moderada nos últimos dias pode diminuir ainda

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 25.03.2024, 11:07:00 Editado em 25.03.2024, 11:11:21
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A queda moderada dos índices de ações internacionais nesta segunda-feira, 25, contamina o Ibovespa, em semana encurtada pelo feriado da Páscoa, na sexta-feira, e de divulgações de peso. Com isto, a liquidez já moderada nos últimos dias pode diminuir ainda mais. A desvalorização do Índice Bovespa, contudo, é moderada na leve alta do petróleo e do minério de ferro.

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Como observa Alan Soares, analista da Toro Investimentos, o tom do mercado é moderado pois os investidores estão focados nos dados que sairão ao longo dos próximos dias. "Aqui, sairão a ata do Copom e o IPCA-15 de março, além de dados do emprego do Caged e o Relatório Trimestral de Inflação. Nos Estados Unidos, terão o PIB do quarto trimestre, o PCE preços de gastos com consumo e discurso do presidente do Fed Federal Reserve, o banco central americano, Jerome Powell", cita em nota.

Após o Banco Central mudar o tom do comunicado do Copom no encontro de março, ao sinalizar somente mais uma redução de meio ponto porcentual da Selic, e não mais duas deste nìvel, Raony Rossetti, CEO e cofundador da Melver, a comunicação foi boa e só houve surpresa. Por isso, diz, será importante avaliar os resultados do IPCA-15 e o IGP-M de março que sairão esta semana.

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"Serão importantes. A política monetária está andando de forma mais controlada e o mercado fica de olho. E nos EUA, será preciso acompanhar os dados no momento em os juros não caem, apesar do sinal claro de três cortes ainda neste ano", avalia Rossetti.

Na sexta, o Ibovespa fechou com desvalorização de 0,88%, para 127.027,10 pontos, diante de renovadas preocupações fiscais, reduzindo o ganho semanal para 0,23%. Já em Nova York, as bolsas fecharam sem direção única, mas terminaram a semana com valorização após máximas ao longo dos últimos dias. Hoje, abriram em queda.

O economista Álvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil, alerta que seria importante o Índice Bovespa defender a marca dos 126.400 pontos, vista no fechamento de 12 de dezembro de 2023, sob pena, segundo ele, de ceder para a zona de suporte dos 124 mil pontos.

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Os investidores estão na expectativa por discursos de dirigentes do Fed e dados americanos, para balizarem suas estimativas para os juros do país. Na semana passada, o Fed reforçou que poderá cortas as taxas três vezes em 2024, com o início do processo ocorrendo em junho.

No entanto, na sexta-feira, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que mudou sua expectativa de cortes de juros em 2024, por conta de preocupações com a inflação persistente e dados econômicos mais fortes que o previsto nos EUA. Agora, prevê recuo de 0,25 ponto porcentual no juro americano neste ano, e não mais dois cortes desta magnitude. Nesta segunda, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que a estimativa de três cortes de juros neste ano está em linha com a sua avaliação.

A China também fica no radar, à medida que sairão dados de sobre lucro industrial e atividade econômica (PMIs) do país nos próximos dias. Hoje, as bolsas chinesas recuaram, enquanto o minério de subiu 0,30% em Dalian. O petróleo, por sua vez, acelerava a alta para a faixa de 1,00%, em meio ao aumento das tensões geopolítica. Petrobrás avançava em torno de 1,00% e Vale, de 0,03%.

Perto das 11 horas, o Ibovespa zerava a queda, aos 127.030,09 pontos, após subir 0,11%, com máxima aos 127.166,83 pontos, e ceder 0,20%, na mínima aos 126.770,93 pontos.

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