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Comércio prevê prejuízo menor para o próximo ano

O calendário está a favor do comércio em 2024. Com menos feriados móveis nacionais caindo em dias úteis, lojistas deverão ter um volume menor de gastos extras para abrir as lojas nos feriados. Diferentemente do que supõe, abrir nesses dias tem impacto

Márcia de Chiara (via Agência Estado)

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Escrito por Márcia de Chiara (via Agência Estado)
Publicado em 30.12.2023, 07:03:00 Editado em 30.12.2023, 07:08:36
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O calendário está a favor do comércio em 2024. Com menos feriados móveis nacionais caindo em dias úteis, lojistas deverão ter um volume menor de gastos extras para abrir as lojas nos feriados. Diferentemente do que supõe, abrir nesses dias tem impacto negativo no varejo e representa prejuízo. Isso porque nem sempre o funcionamento em feriados é acompanhado de uma contrapartida nas vendas. Nas contas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o prejuízo gerado pela abertura nos feriados de 2024 deve somar R$ 27,92 bilhões. É uma cifra quase 4% menor comparada à registrada em 2023, quando o rombo foi de R$ 28,99 bilhões. Na prática, é cerca de R$ 1 bilhão a menos de prejuízo. Isso tem peso importante num segmento que anda com desempenho apertado e deve fechar este ano com crescimento de vendas que não chega a 2% ante 2022. Os valores estimados dos prejuízos descontam a inflação do período. Levando-se em conta o dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, que será feriado nacional a partir do ano que vem, 2024 terá 7,5 dias de feriados móveis que cairão em dias úteis, ante 8 em 2023. O número quebrado de feriados em dias úteis é porque o estudo considerada meio expediente de trabalho nos feriados nacionais que caem aos sábados. Em 2024, cinco feriados nacionais móveis serão entre segunda e sexta-feira, ante oito em 2023. São eles: Confraternização Universal (1°/1), Dia do Trabalho (1°/5), Proclamação da República (15/11), Dia da Consciência Negra (20/11) e Natal (25/12). Os demais feriados, como Dia da Independência (7/9), Nossa Senhora Aparecida (12/10) e Finados (2/11) cairão em sábados. Sexta-feira Santa, Carnaval e Corpus Christi, que são feriados fixos nos dias da semana, caem na sexta-feira, terça-feira e na quinta-feira, respectivamente, e não foram considerados no estudo. "O impacto principal do calendário de feriados é sobre a lucratividade do comércio", afirma Fabio Bentes, economista da CNC e responsável pelo estudo. Cada feriado reduz a rentabilidade média do comércio como um todo em 1,29%, diz o economista. As projeções consideram dados do varejo ampliado, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O varejo ampliado inclui as vendas de materiais e construção e o setor automotivo. O menor número de feriados de 2024 em dias úteis foi recentemente comemorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas contas da CNC, considerando todas as atividades econômicas (não apenas o comércio), cada feriado nacional do calendário brasileiro tem impacto negativo de 0,12% no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de toda as riquezas produzidas no País.

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Mão de obra ainda é o que gera mais custo

O principal custo da abertura do comércio nos feriados é com a mão de obra. Por isso, setores que empregam maior número de trabalhadores e também aqueles que pagam um salário médio maior são os mais afetados negativamente pelo feriados. De acordo com estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 40% dos prejuízos do varejo previstos para o ano que vem por conta do funcionamento em feriados estão nos segmentos de hiper e supermercados (R$ 6,38 bilhões), que empregam muita gente, e no comércio automotivo (R$ 6,34 bilhões), que paga salários maiores. Fabio Bentes, economista da CNC, alerta que a despesa de abrir um estabelecimento em dia de feriado deve pesar mais para varejistas em 2024. Em meados de novembro, foi publicada uma nova regra do Ministério do Trabalho que prevê que o trabalho aos domingos e feriados precisa passar por negociações coletivas entre sindicatos e representantes patronais. E isso poderá resultar em maior remuneração. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

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