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Com queda de inflação nos EUA, Fed pode cortar juros, indica Powell

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, disse nesta segunda, 15, que está mais confiante de que a inflação nos EUA está voltando para sua meta de 2% ao ano e afirmou que o Fed pode reduzir as taxas antes que a econ

AP (via Agência Estado)

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Escrito por AP (via Agência Estado)
Publicado em 16.07.2024, 07:23:00 Editado em 16.07.2024, 07:25:36
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, disse nesta segunda, 15, que está mais confiante de que a inflação nos EUA está voltando para sua meta de 2% ao ano e afirmou que o Fed pode reduzir as taxas antes que a economia atinja esse ponto. "Tivemos três leituras melhores e, se você fizer a média, isso é um ritmo bastante bom", disse Powell. Os números, disse ele, "de certa forma aumentam a confiança" de que a inflação está desacelerando de modo sustentável.

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Powell recusou-se a fornecer qualquer indicação de quando ocorreria o primeiro corte de taxa. Mas a maioria dos economistas prevê que ele ocorra em setembro. Após os comentários de Powell, operadores de Wall Street aumentaram suas expectativas de que o Fed reduziria sua taxa, a mais alta no país em 23 anos. Os mercados futuros esperam cortes adicionais de juros em novembro e dezembro. "Hoje", disse Powell, "não vou enviar sinais sobre qualquer reunião específica."

As reduções de taxas pelo Fed - atualmente entre 5,25% e 5,50% ao ano - permitiriam a queda de custos de hipotecas, de financiamentos para automóveis e de cartões de crédito, entre outros.

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Na semana passada, o governo informou que os preços ao consumidor caíram ligeiramente de maio para junho, trazendo a inflação para uma taxa anual de 3%, ante 3,3% em maio. Os chamados preços "core", que excluem os custos voláteis de energia e alimentos e muitas vezes fornecem uma leitura melhor de para onde a inflação está se encaminhando, subiram 3,3% em relação ao ano anterior, abaixo dos 3,4% em maio.

Powell enfatizou ainda que o Fed não precisa esperar até que a inflação realmente atinja 2% para cortar os custos de empréstimo. "Se você esperar até a inflação baixar para 2%, provavelmente esperou demais."

Mudança

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Após várias leituras de inflação alta no início do ano terem levantado algumas preocupações, os dirigentes do Fed disseram que precisariam de vários meses de leituras de preço em declínio para terem confiança suficiente de que a inflação estava declinando de forma sustentável em direção à meta. Junho foi o terceiro mês consecutivo em que a inflação esfriou em termos anuais.

Após o último relatório de inflação encorajador do governo, na quinta-feira, Mary Daly, presidente do braço do Fed de São Francisco, sinalizou que os cortes de taxa estavam se aproximando. Ela disse que era "provável que alguns ajustes de política fossem justificados", embora não tenha sugerido nenhum cronograma específico ou número de reduções de taxa. Em conversa com repórteres, Mary adotou um tom otimista, dizendo que o relatório de preços ao consumidor de junho mostrou que "estamos vendo aquele tipo de redução gradual na inflação que temos observado e procurado, o que está aumentando a confiança de que estamos no caminho para uma inflação de 2%".

Muitos fatores de aceleração de preços estão perdendo força, solidificando a confiança do Fed de que a inflação está sendo dominada. O relatório de quinta-feira refletiu uma queda há muito esperada nos custos de aluguel e habitação. Esses custos dispararam após a pandemia, à medida que muitos americanos se mudaram em busca de espaços mais amplos para trabalhar de casa.

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Contratações e vagas de emprego também estão esfriando, reduzindo a necessidade de muitas empresas aumentarem os salários para preencher vagas. Salários mais altos podem impulsionar a inflação se as empresas responderem aumentando preços para cobrir custos trabalhistas mais altos. Na semana passada, perante uma comissão do Senado, Powell observou que o mercado de trabalho havia "esfriado consideravelmente" e não era "uma fonte de pressões inflacionárias amplas para a economia".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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