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Com pressão no câmbio, Ibovespa cai 0,37%, aos 130,7 mil pontos

Em dia de retomada da pressão no câmbio, o Ibovespa lutou até o início da tarde, mas não conseguiu segurar a linha dos 131 mil pontos, convergindo para os 130.729,93 pontos, em baixa de 0,37% no fechamento. Nesta terça-feira, oscilou dos 130.693,36 aos 13

Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)

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Escrito por Luís Eduardo Leal (via Agência Estado)
Publicado em 29.10.2024, 17:42:00 Editado em 29.10.2024, 17:48:45
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Em dia de retomada da pressão no câmbio, o Ibovespa lutou até o início da tarde, mas não conseguiu segurar a linha dos 131 mil pontos, convergindo para os 130.729,93 pontos, em baixa de 0,37% no fechamento. Nesta terça-feira, oscilou dos 130.693,36 aos 131.764,70 pontos, saindo de abertura aos 131.214,17 pontos. O giro financeiro permaneceu moderado na sessão, a R$ 17,1 bilhões. Na semana, o Ibovespa ainda avança 0,64%, cedendo 0,82% no mês e 2,58% no ano.

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Enquanto aguarda a definição do governo sobre cortes de gastos, tanto o dólar como a curva de juros doméstica se mantiveram em alta, refletindo também ambiente externo um pouco mais crispado.

A expectativa de que o republicano Donald Trump venha a sair vitorioso na próxima terça-feira, dia 5, da eleição presidencial norte-americana pode trazer efeitos para o ritmo de redução de juros nos EUA, frente à possibilidade de mais déficit e inflação na maior economia do mundo - o que resultaria em ritmo mais cauteloso de cortes pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano.

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"O mercado está se preparando para uma vitória de Trump. Eventual vitória dele deve resultar em fortalecimento do dólar, e também em inflação e juros americanos mais altos por mais tempo. Por sua vez, a democrata Kamala Harris, sem um Senado a seu favor, não conseguiria promover muitos ajustes", diz Keone Kojin, economista da Valor Investimentos, destacando o elevado grau de incerteza e aversão a risco que prevalece no momento, e que deve prosseguir no curtíssimo prazo.

Aqui, a atenção se volta à indicação de que o governo anuncie em breve os prometidos cortes de gastos. No período da tarde desta terça, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que voltará a se reunir na quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas acrescentou não haver data definida para que o pacote de ajuste seja anunciado. As declarações fizeram pouco para conter a pressão vista desde mais cedo especialmente no câmbio, mas também na curva de juros. No fechamento, o dólar à vista mostrava alta de 0,92%, a R$ 5,7616, com máxima na sessão a R$ 5,7672.

"O consenso é de que venha um corte de R$ 30 bilhões. Algo abaixo desse valor pode trazer ruídos e estresse" ao mercado, observa Inácio Alves, analista da Melver.

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Na B3, um número limitado de ações da carteira do Ibovespa conseguiu contornar a cautela e fechar o dia em alta, com destaque para Minerva (+3,02%), Marfrig (+2,98%) e Embraer (+2,41%). "O segmento bovino na América Latina está em alta. A empresa Minerva conseguiu fortalecer presença regional e capitalizar em cima da venda de ativos estratégicos da Marfrig, consolidando-se como player relevante na região. A expectativa é que a força do ciclo positivo da carne bovina na América do Sul mantenha os resultados sólidos para Minerva, ao menos a curto prazo", diz Lucas Almeida, sócio da AVG Capital.

No lado oposto do Ibovespa nesta terça-feira, Santander (-5,13%), TIM (-4,94%) e Azul (-4,58%). Entre as blue chips, as perdas no setor financeiro foram lideradas pela Unit de Santander, na mínima do dia no fechamento, após a operação brasileira do banco espanhol reportar resultados do terceiro trimestre, abrindo a temporada para os grandes bancos.

A ação de maior peso no Ibovespa, Vale ON, devolveu a alta vista mais cedo e fechou o dia em baixa de 0,35%, em sessão negativa também para Petrobras (ON -0,25%, PN -0,22%), com o petróleo ainda em ajuste aos mais recentes desdobramentos no Oriente Médio.

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