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Com pressão de Copom e Fed, taxas de juros disparam

A fuga do risco na sessão desta quinta-feira impulsionou de ponta a ponta a curva de juros doméstica. Se no curto prazo há o ajuste a um tom um pouco mais hawkish do que era o consenso do comunicado do Copom de quarta-feira, nos níveis intermediários adia

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.05.2022, 17:57:00 Editado em 05.05.2022, 18:02:00
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A fuga do risco na sessão desta quinta-feira impulsionou de ponta a ponta a curva de juros doméstica. Se no curto prazo há o ajuste a um tom um pouco mais hawkish do que era o consenso do comunicado do Copom de quarta-feira, nos níveis intermediários adiante o exterior foi protagonista, ante a percepção de que, lá fora, o aperto monetário está apenas começando.

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Lá fora, a abertura forte da curva vem em um processo de reinterpretação do mercado acerca das mensagens do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em coletiva após a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).

Mesmo com Powell descartando um aumento do ritmo (de 50 pontos-base a 75 pontos-base) de elevação dos Fed funds, o que na quarta-feira havia trazido alívio, a percepção do investidor é que o ritmo atual e o compromisso dele de baixar a inflação com uma atuação rápida são sinais de endurecimento da postura do Fed quanto à política monetária.

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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos tinha alta a 2,695% (+7 pontos em relação a igual horário de quarta), o da T-note de 10 anos saltava a 3,047% (+13,3 pontos) e o do T-bond de 30 anos avançava a 3,133% (+13,5 pontos).

Tal situação externa, somada à subida do dólar a R$ 5,01, foi o combustível perfeito para a escalada dos juros. O DI para janeiro de 2023 subiu de 13,048% a 13,235%. O janeiro 2024 passou de 12,587% a 12,885%. O janeiro 2025 avançou de 12,051% a 12,325%. E o janeiro 2027 foi de 11,905% a 12,19%.

Em termos de precificação, o fato de o Banco Central brasileiro ter desistido formalmente de parar a elevação da Selic no nível de 12,75%, ao usar no comunicado a expressão "provável extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude", e ter sinalizado que vem mais um pouco de juros por aí alterou bastante a composição da curva.

Na quarta, a curva projetava, para junho, Selic entre 13,00% (60%) e 13,25% (40%). Nesta quinta, já ficou entre 13,25% (88%) e 13,50% (12%). Para agosto, a taxa estava entre 13,00% (56%) e 13,25% (44%) e passou a 13,25% (72%) e 13,50% (28%). No encerramento do ano, o juro projetado era de 13,46%, de 13,22%.

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