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Com Powell e China, Bolsa fecha em alta de 1,27%, aos 123.480,52 pontos

O Ibovespa conseguiu se recuperar parcialmente das perdas do dia anterior, com a contribuição no período da tarde desta quinta-feira de palavras "dovish" do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, sobre a orien

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.01.2021, 19:20:00 Editado em 14.01.2021, 19:28:45
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O Ibovespa conseguiu se recuperar parcialmente das perdas do dia anterior, com a contribuição no período da tarde desta quinta-feira de palavras "dovish" do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, sobre a orientação da política monetária nos EUA, em meio à aproximação de novo pacote de estímulos fiscais no começo do governo Biden. Durante a fala de Powell, o dólar renovou mínimas da sessão e o índice de ações da B3 foi às máximas, em mais um dia de desdobramentos negativos sobre a pandemia.

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Ao fim, após queda de 1,67% no dia anterior, o índice da B3 mostrou nesta quinta alta de 1,27%, aos 123.480,52 pontos, com ganhos bem distribuídos por commodities (Vale ON +1,64%, Petrobras PN +1,03%), bancos (Itaú PN +2,97%), siderurgia (Gerdau PN +4,17%) e utilities (Eletrobras ON +3,68%).

Na sessão, o Ibovespa saiu de mínima a 121.946,67 para chegar na máxima a 123.896,35 pontos, com giro financeiro a R$ 30,5 bilhões.

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Na ponta do Ibovespa, Embraer (+8,48%), seguida por Azul (+7,26%) e Ecorodovias (+5,61%). No lado contrário, destaque para PetroRio (-1,86%), Natura (-1,66%) e Totvs (-1,47%).

Desde cedo, o ânimo se mostrou positivo pelo desempenho da balança comercial da China - grande compradora de commodities - e pela expectativa para o pacote fiscal de US$ 2 trilhões nos EUA, que ampliará as generosas condições de liquidez global.

"O forte fluxo externo para a Bolsa foi decisivo nesta primeira quinzena do mês, em momento no qual os institucionais e as pessoas físicas colocaram algum no bolso, neste rali que vem de novembro. Os múltiplos aqui não estão tão esticados como em outras bolsas, inclusive as dos EUA", diz Mauro Orefice, diretor executivo da BS2 Asset.

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Nesta quinta-feira, contribuiu também a expectativa de que o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, venha a permanecer no cargo, após o ruído de que teria desagradado ao presidente Jair Bolsonaro por buscar mais eficiência para a instituição, com fechamento de agências e plano de demissão voluntária. Assim, após perda de quase 5% no dia anterior - a segunda maior do Ibovespa na sessão -, BB ON fechou nesta quinta mais acomodada, em leve baixa de 0,24%, em dia amplamente positivo, com ganhos entre 2,8% (Santander) e 3,2% (Bradesco ON), para as ações dos maiores bancos.

"Caso a saída do André Brandão se confirmasse, seria sinal muito negativo não só para as ações do BB como para todo o mercado, com esta ingerência política", diz André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, que menciona outros fatores que merecem atenção imediata, como a possibilidade de elevação nos juros longos nos EUA, na medida em que o Fed não atuará sobre os curtos. Aqui, a atenção também se volta para a manutenção ou não do "forward guidance" na próxima reunião do Copom, o que pode gerar algum "ruído".

Em evento na Universidade de Princeton, o presidente do Fed afirmou que "o momento de aumentar juros não está nem um pouco próximo", o que contribui para reforçar a perspectiva de depreciação da moeda americana, favorecendo o apetite por ativos de risco, inclusive em mercados emergentes. "Inflação muito baixa é um problema muito maior a ser resolvido", apontou.

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Por outro lado, ele admitiu ser "possível que a recuperação da economia" resulte em "aumento da inflação". "Para atingirmos meta média, a inflação precisa ficar acima de 2% por um tempo", ressalvou Powell, acrescentando que, nos EUA, "a economia pode voltar para níveis de fevereiro de 2020 antes do previsto".

A fala de Powell foi o contraponto positivo a mais um dia de noticiário carregado pela covid-19, com o Amazonas em calamidade pela escassez de oxigênio - e perspectiva de ponte aérea militar para transferência de doentes a outros estados -, toque de recolher na França e recorde de mortes na Suécia. Apesar da progressão da pandemia, sem sinais de descanso mesmo com o início da imunização em mais de 50 países, o mercado tem olhado para os efeitos da vacinação sobre a gradual normalização da atividade econômica ao longo de 2021, apesar desta abertura de ano em tom de lockdown.

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