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Com liquidez reduzida, taxas ficam de lado apesar de agenda forte nos EUA

Os juros futuros fecharam a sessão de lado. As taxas, que já tinham movimento moderado pela manhã, oscilaram ainda menos no período da tarde, mesmo após a aprovação do Orçamento de 2024 pelo Congresso. O mercado operou praticamente num esquema de plantão

Denise Abarca (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Abarca (via Agência Estado)
Publicado em 22.12.2023, 18:42:00 Editado em 22.12.2023, 18:47:16
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Os juros futuros fecharam a sessão de lado. As taxas, que já tinham movimento moderado pela manhã, oscilaram ainda menos no período da tarde, mesmo após a aprovação do Orçamento de 2024 pelo Congresso. O mercado operou praticamente num esquema de plantão de Natal, que comprometeu um pouco mais a liquidez.

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A lateralidade do dia contrasta com a trajetória da semana, de alívio de prêmios, assegurado não só pelo otimismo sobre a política monetária americana, como também pela elevação do rating do Brasil pela S&P e avanço da agenda econômica do Congresso. Em relação à última sexta-feira, a ponta curta cedeu cerca de 5 pontos-base e a longa, em torno de 15 pontos base.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou a 10,055%, de 10,057% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 passou de 9,60% para 9,62%. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 9,71% (9,70% ontem). A do DI para janeiro de 2029 passou de 10,09% para 10,08%.

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Nas mesas de renda fixa, os profissionais relativizaram o impacto que a agenda do dia poderia ter sobre a curva, dado que os prêmios já vinham fechando bastante, em movimento de precificação das boas notícias internas e externas. "Ontem tivemos o último leilão do ano e mercado de juros já andou muito. Ninguém quer mais se arriscar. A Bolsa é que está fazendo um catch up", afirma Daniel Leal, estrategista de renda fixa da BGC Liquidez.

Pela manhã, ainda havia algum fôlego de queda guardado para o índice de preços de gastos com consumo (PCE, em inglês) de novembro, que veio abaixo do consenso. Na comparação anual, a alta de 2,6% foi menor que a de 3,0% no mês anterior e que o consenso de mercado de 2,8%. O núcleo recuou a 3,2% no mesmo período, contra 3,5% no mês passado e abaixo da projeção de 3,4%. O PCE é a medida de inflação preferida do Fed. As apostas para o orçamento de cortes de juros em 2024 se dividem entre 150 e 175 pontos. Por outro lado, as encomendas à indústria saltaram 5,4%, bem acima das previsões (+1,8%), alimentando a ideia de pouso suave da economia americana.

No Brasil, a aprovação do projeto das apostas esportivas ontem na Câmara zerou o conjunto das matérias de arrecadação pendentes no Congresso, almejado pela equipe econômica para viabilizar a meta de primário zero em 2024. Nesta tarde, o Congresso aprovou o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o próximo ano, mas ainda assim a curva não esboçou reação.

"As preocupações fiscais não foram sanadas, tendo sido apenas transferidas para o ano que vem, o que serve como limitante ao otimismo. De todo modo, o contexto de curto prazo, incluindo a melhora externa, favorece a preservação dos ganhos recentes", diz Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.

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