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Com exterior positivo, dólar cai abaixo de R$ 4,80 pela 1ª vez em julho

O dólar à vista recuou 0,57% em relação ao real nesta quinta-feira, 13, quando encerrou a sessão cotado em R$ 4,7903 - abaixo da linha de R$ 4,80 no fechamento pela primeira vez em julho. O movimento foi puxado por mais um dado de inflação abaixo do esper

Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 13.07.2023, 17:48:00 Editado em 13.07.2023, 17:55:54
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O dólar à vista recuou 0,57% em relação ao real nesta quinta-feira, 13, quando encerrou a sessão cotado em R$ 4,7903 - abaixo da linha de R$ 4,80 no fechamento pela primeira vez em julho. O movimento foi puxado por mais um dado de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos, que reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) encerre seu ciclo de aperto monetário após uma alta de 25 pontos-base dos juros no próximo dia 26.

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Com isso, o dia foi marcado por uma nova rodada de enfraquecimento global da moeda americana, que levou o índice DXY para baixo do nível psicológico de 100 pontos pela primeira vez desde abril do ano passado. Diante de ganhos do petróleo entre 1,50% (WTI) e 1,56% (Brent), o dólar mostrou perdas em relação aos principais pares emergentes do real e exportadores de commodities, como peso mexicano (-0,33%) e dólar australiano (-1,49%).

Aqui, em meio à agenda doméstica fraca, a divisa recuou na maior parte da sessão, exceto por altas pontuais no início da tarde e da manhã, quando foi à máxima de R$ 4,8273 (+0,19%). Na mínima, caiu até R$ 4,7873 (-0,64%). No horário de fechamento do mercado à vista, o contrato futuro de dólar para agosto recuava 0,62%, a R$ 4,8050, após variar entre mínima de R$ 4,8025 e máxima de R$ 4,8435. O giro financeiro foi de US$ 11,5 bilhões.

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O enfraquecimento do dólar seguiu o alívio do índice de preços ao produtor (PPI) americano, de 1,1% em maio para 0,1% em junho na comparação interanual, abaixo do esperado pelo mercado (0,4%). Na sequência da alta também aquém das expectativas do índice de preços ao consumidor (CPI) no mês, o dado reforçou a avaliação de que a desinflação no país está em curso e pode dar conforto para que o Fed encerre em breve o ciclo de aperto.

Para o chefe da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, a virada nas expectativas para a política monetária dos Estados Unidos explica o fortalecimento do real e de outras divisas emergentes na sessão. Ele destaca que, entre a divulgação do CPI de junho, às 9h30 (de Brasília) da quarta-feira, 12, e o fechamento do mercado doméstico na sessão de hoje, o DXY caiu mais de 1 ponto e o rendimento da T-Note de 5 anos, cerca de 16 pontos-base.

"Todo o mercado melhorou, o euro está voando, as moedas emergentes estão valorizando e o real subiu. É tudo em cima dessa mudança de perspectiva para a taxa de juros americana", diz o especialista.

O analista de mercado da Ebury Eduardo Moutinho também atribui o bom desempenho do real na sessão à redução das expectativas para a trajetória dos juros nos Estados Unidos com o CPI e o PPI abaixo do esperado. Esse cenário favorece a expectativa de um dólar mais fraco globalmente, que pode manter a moeda americana abaixo de R$ 5,0 até o fim do ano, afirma.

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