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Com exterior positivo, Bolsa fecha em alta de 0,77%, aos 102.297,95 pontos

O Ibovespa teve uma sessão bem comportada, com variação inferior a mil pontos entre a mínima e a máxima do dia, em que o exterior deu direção positiva aos negócios, na falta de catalisadores domésticos neste começo de semana. Assim, o principal índice da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.08.2020, 17:51:00 Editado em 25.08.2020, 17:35:59
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O Ibovespa teve uma sessão bem comportada, com variação inferior a mil pontos entre a mínima e a máxima do dia, em que o exterior deu direção positiva aos negócios, na falta de catalisadores domésticos neste começo de semana. Assim, o principal índice da B3 encerrou esta segunda-feira em alta de 0,77%, aos 102.297,95 pontos, tendo oscilado entre 101.525,20 e 102.514,87 pontos ao longo da sessão, com abertura a 101.525,44. No mês, o Ibovespa acumula perda de 0,60% e, no ano, de 11,54%. O giro financeiro totalizou R$ 23,1 bilhões.

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Os ganhos na sessão foram inferiores aos observados na Europa e em Nova York, onde superaram 1%, no Dow Jones, induzidos pela expectativa de que vacina experimental para covid-19, em desenvolvimento no Reino Unido, esteja disponível nos EUA antes da eleição de novembro, em esforço do presidente Donald Trump para recuperar popularidade e reverter o favoritismo, até aqui, do democrata Joe Biden.

Por aqui, a expectativa se concentra em novas iniciativas que o governo pode adotar, em breve, para dar suporte à economia, no que tem sido chamado de pacote "Big Bang", e que a princípio poderia ser anunciado na terça. "Houve relatos de que pode demorar um pouco mais para sair, e isso pode ter contribuído para segurar o Ibovespa nesta sessão, em que se viu muito pouco ímpeto de compra e volume enfraquecido", diz Ari Santos, operador de renda variável da Commcor. "Sem dúvida o mercado está muito mais ansioso pelas medidas de corte de despesas e atração de investimentos em vista da situação fiscal, e a garantia da manutenção do teto de gastos", diz Rafael Ribeiro, analista de ações da Clear.

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"O mercado fez preço hoje em cima apenas da possibilidade de vacina nos EUA antes do que se imaginava, e o Trump, de olho na reeleição, certamente se mobilizará por isso. Faltaram catalisadores, além deste. A semana tem muitos indicadores, aqui e fora, que poderão ajudar a dar direção, daí a cautela vista hoje", diz Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

Em relatório, o Bank of America (BofA) aponta que o Brasil tem atualmente uma das piores posições entre as principais economias emergentes, perdendo apenas para África do Sul, na mais baixa classificação, e Turquia, em termos de fundamentos. O banco diz que o principal problema é fiscal. "A posição do Brasil já era frágil antes do choque da pandemia, que levou a um aumento substancial do déficit fiscal - provavelmente deve mover a relação dívida/PIB a superar 90%, de 76% no ano passado."

Nesta segunda-feira, em live promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou a importância de se impedir um descontrole das contas públicas. "Não consigo caminhar com juros baixos se não tivermos o fiscal arrumado", disse. "O mínimo de juros não é intransponível - estamos experimentando este mínimo", observou também o presidente do BC.

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No mesmo evento, o ex-presidente do BC e atual sócio da Tendências Consultoria Integrada, Gustavo Loyola, disse que há uma nuvem cinzenta sobre a economia, na área fiscal.

De acordo com Loyola, o Brasil fez alguns ajustes nas questões fiscais, que vieram até antes da pandemia, mas que foram correções sobre problemas pré-existentes. Com a pandemia, disse Loyola, a consolidação dessas soluções teria sido interrompida.

Juros baixos têm sido a principal alavanca do fluxo de recursos para a B3, especialmente do investidor doméstico - e os estrangeiros, apesar dos saques acumulados no ano, voltam a mostrar algum interesse por ações brasileiras neste mês de agosto. Apesar das dúvidas em relação à sustentabilidade fiscal, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 51,496 milhões na B3 no pregão da última quinta-feira, 20. Em agosto, a Bolsa apresenta saldo positivo de R$ 2,934 bilhões em recursos externos, mas, em 2020, os estrangeiros já retiraram R$ 81,978 bilhões da B3.

Em dia positivo para o petróleo, com o Brent para outubro em alta de 1,76%, US$ 45,13 por barril no fechamento da ICE, as ações da Petrobras encerraram, respectivamente, em alta de 1,82% para a PN e de 1,99% para a ON. Vale ON também avançou (1,22%), assim como o setor bancário, com destaque para BB ON (+2,70%) e Bradesco PN (+2,27%), o que contribuiu para manter o Ibovespa em alta na sessão. Na ponta do índice, destaque para Eletrobras ON (+9,74%) e PNB (+8,02%), seguidas por Embraer (+5,52%). No lado oposto, Yduqs cedeu 6,10%, IRB, 3,41%, e Cogna, 2,90%.

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