O mercado ajustou nesta sexta, 1º, suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, com a mediana saindo de 1,7% para 1,8%, mostra pesquisa feita peloProjeções Broadcast(sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). Já a estimativa para o crescimento da economia brasileira no primeiro trimestre permaneceu inalterada, em 0,4%, após estabilidade (0%) no quarto trimestre do ano passado. Os analistas projetam avanço de 0,5% do PIB no segundo trimestre; de 0,4% no terceiro; e de 0,5% nos últimos três meses do ano.
A redução de ritmo em relação a 2023 (alta de 2,9%) tem a ver com a expectativa de que a agricultura não deve ter o mesmo desempenho neste ano, por conta de efeitos climáticos. Os dados da Companhia Nacional da Abastecimento (Conab) apontam para 316,7 milhões de toneladas na safra 2023/2024, 1,5% abaixo do observado na safra 2022/2023. Sem a força do setor, os analistas afirmam que novas reduções da Selic e a ampliação do crédito, além de um mercado de trabalho ainda forte, devem sustentar a atividade do País.
Após a divulgação dos dados de 2023, várias instituições financeiras reiteraram suas projeções para o PIB de 2024, como Bank of America (2,2%), G5 Partners (2,1%), UBS BB (2,0%), Bradesco (2,0%), Itaú Unibanco (1,8%), PicPay (1,8%), Citi (1,5%), Banco BV (1,5%) e WHG (1,5%).
Houve em parte do mercado, porém, um movimento de aumento das projeções. O BTG Pactual subiu de 1,7% para 2,0% a estimativa para o PIB do ano, e a Porto Asset Management, de 1,5% para 1,8%. A XP Investimentos colocou sob revisão o cenário anterior de crescimento de 1,5% e afirmou, em nota, que o resultado deve ficar mais próximo de 2,0%.
O economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, considerou a consolidação da melhora no cenário de crédito ao rever sua projeção para o PIB. A conjuntura, afirma, reflete o efeito inicial do ciclo de cortes da taxa Selic. Ao comentar os dados divulgados ontem pelo IBGE, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou a previsão de crescimento de 2,2% para 2024, ao apostar em tendência positiva para a indústria e a construção civil ao longo do ano.
As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.
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