Se o câmbio permanecer no nível atual, a previsão de queda das exportações feita pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) no mês de abril, de 3,9% em 2024, poderá ser reduzida para 2,6%. É o que disse nesta terça-feira, 2, a diretora de Competitividade, Economia e Estatística da entidade, Cristina Zanella.
De acordo com a diretora da Abimaq, por um lado, o dólar no nível atual é positivo para o setor, que exporta 20% do que produz. O problema são essas oscilações bruscas que o câmbio tem apresentado.
"Estas oscilações bruscas tiram previsibilidade e isso não é positivo porque, quando um empresário vai fazer seu planejamento, ele precisa de horizontes mais longos", disse Cristina.
Agora, pelo lado dos importadores, de acordo com ela, o atual nível do câmbio não é bom porque os itens que respondem por 30% da produção de máquinas e equipamentos comprados de fora do País.
Mas no geral, de acordo com Zanella, "o câmbio mais elevado é mais positivo, desde que permaneça sem oscilações".
Ao comentar sobre maio, especificamente, a diretora da Abimaq chamou a atenção para o aumento de 6,2% das importações em relação a abril. Foram as importações que puxaram o aumento de 2,6% do consumo aparente do setor em maio. No mês as exportações caíram 12%.
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