A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a Selic em 10,5% ao ano, interrompendo assim o ciclo de cortes da taxa de juros, foi considerada "inadequada e excessivamente conservadora" pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, a decisão só irá impor restrições adicionais à atividade econômica, com reflexos negativos sobre emprego e rendas, sem que o quadro inflacionário exija tamanho sacrifício.
"A manutenção do ritmo de corte na Selic seria o correto, pois contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado pelas empresas e pelos consumidores, sem prejudicar o controle da inflação", afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Em nota, a CNI afirma que os prejuízos dessa política monetária são claros quando analisado o comportamento da atividade econômica. "As previsões apontam que o crescimento do PIB deve ser menos intenso este ano do que foi no ano passado: em 2023, o crescimento observado foi de 2,9%, enquanto para 2024 a previsão, segundo o Relatório Focus, é de 2,08%."
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