Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Economia

publicidade
ECONOMIA

CNI: Decisão do Copom de elevar Selic em 0,5 pp impõe fardo ainda mais pesado à economia

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa de juros Selic em 0,5 ponto porcentual "impõe um fardo ainda mais pesado à economia", na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade destaca as consequências negativas da alta dos juros para o emprego, a renda e o bem-estar da população. O Copom anunciou nesta quarta-feira, 7, o aumento da Selic para 14,75% ao ano.

"Embora o controle da inflação seja o objetivo primordial do Banco Central, a elevação da Selic traz riscos significativos à economia, que está em processo de desaceleração mais acentuado do que esperávamos no final de 2024", afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

A indústria prevê um crescimento do PIB de 2,3% neste ano, o que representaria uma queda de 1,1 ponto porcentual na comparação com 2024. A expectativa é que o setor industrial também perca ritmo, com expansão de 2% ante 3,3% do ano passado.

"Caso a estimativa se concretize, isso representaria o menor crescimento da economia nos últimos cinco anos e está diretamente relacionado à política monetária contracionista", completa Alban.

Para a entidade, pelo menos quatro fatores deveriam ser considerados para evitar uma nova alta da taxa Selic. O primeiro, a defasagem dos efeitos da política monetária contracionista. "A materialização da alta de juros deve ser observada na totalidade a partir do segundo semestre de 2025, o que torna um novo aumento da Selic um ato precipitado, agravando a desaceleração da economia desnecessariamente", diz a nota da CNI.

publicidade

O segundo ponto, destaca, é que, com a Selic a 14,25% - patamar anterior ao aumento de hoje -, a taxa de juros real seria suficiente para controlar a inflação. "A CNI reitera que o parâmetro já superava em 3,8 pontos porcentuais a taxa de juros neutra, estimada em 5% ao ano pelo Banco Central."

Outro ponto lembrado pela CNI é a recente política comercial dos Estados Unidos. "A imposição de novas tarifas de importação aumentou o risco de recessão nos EUA e enfraqueceu o dólar no mercado internacional. Somado à grande diferença de taxa de juros praticada no Brasil, o fato contribuiu para a valorização do real, que atingiu 8,2% entre dezembro de 2024 e abril de 2025, e reduz a pressão da taxa de câmbio sobre a inflação."

A entidade ressalta ainda a forte desaceleração do impulso fiscal, que contribui para a moderação do consumo e favorece o controle da inflação.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Economia

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline