A Cielo teve lucro líquido recorrente de R$ 385,6 milhões no segundo trimestre deste ano, uma queda de 20,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a baixa foi de 23,4%.
A companhia afirma que a queda dos resultados veio em função da redução do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Nesta linha, o resultado foi de R$ 727 milhões, número 30,5% menor que o do mesmo período do ano passado em bases recorrentes.
Essa redução se deu diante do comportamento das receitas e também do aumento dos investimentos, em um reflexo da busca da Cielo por maior presença comercial no segmento de pequenas e médias empresas. Também pesaram investimentos em tecnologia.
No segundo trimestre, a receita operacional líquida da Cielo foi de R$ 2,479 bilhões, uma queda de 6,2% na comparação com o segundo trimestre de 2022. O detrator foi a Cielo Brasil, que reúne as atividades de adquirência, e que teve receita de R$ 1,419 bilhão, queda de 13,2% em um ano.
Essa baixa veio da redução da rentabilidade da captura de transações da empresa. Segundo a credenciadora, o mix de clientes menos favorável e a redução da participação da antecipação de recebíveis na base explicam essa redução.
Por outro lado, a Cielo teve receita financeira líquida de R$ 86,3 milhões no segundo trimestre, contra uma despesa de R$ 49,3 milhões no mesmo período do ano passado.
O retorno ao campo positivo veio com a mudança na estrutura financeira da empresa, que passou a manter captações com o mesmo prazo das operações de antecipação de recebíveis, o que reduziu os custos. A queda da Selic também contribuiu positivamente para o número.
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