A China sinalizou nesta quarta-feira, 6, que pretende oferecer mais liquidez para sustentar sua economia e também adiantou números sobre a balança comercial, marcando uma nova tendência de anúncios inesperados sobre políticas e dados da segunda maior economia do mundo.
Em coletiva de imprensa, o presidente do banco central chinês (PBoC, pela sigla em inglês), Pan Gongsheng, disse nesta quarta-feira que há espaço para cortar compulsórios bancários, prometendo impulsionar os preços ao consumidor e manter a estabilidade do yuan.
Economistas comentaram que é raro o presidente do PBoC sinalizar possível relaxamento monetário, o que normalmente é antecipado por funcionários de governo de escalão mais elevado, incluindo o primeiro-ministro chinês. Em janeiro, Pan surpreendeu ao anunciar uma redução de compulsórios em conversa com repórteres.
Na mesma coletiva desta quarta, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) disse que as exportações chinesas haviam avançado cerca de 10% no primeiro bimestre de 2024 em relação a igual período do ano passado. Posteriormente, o ministro do Comércio, Wang Wentao, afirmou que as exportações e importações do país aumentaram 8,2% nos primeiros dois meses do ano.
As autoridades não especificaram se os dados da balança comercial eram em yuans ou dólares. A China tradicionalmente divulga dados conjuntos da balança comercial de janeiro e fevereiro para atenuar distorções ligadas ao feriado do ano novo lunar. A pesquisa oficial sobre a balança comercial do primeiro bimestre está prevista para a madrugada desta quinta-feira (7).
É a segunda vez este ano que dados econômicos importantes são revelados com antecedência. Em janeiro, o premiê chinês, Li Qiang, deu uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 ao discursar durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
A antecipação dos dados comerciais veio um dia depois de a China estabelecer uma ambiciosa meta de crescer cerca de 5% em 2024, a mesma do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.
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