A China planeja implementar medidas para impulsionar a renda doméstica e para tornar a política fiscal mais proativa no apoio à recuperação econômica do país em 2025, segundo a Comissão Central de Assuntos Econômicos e Financeiros da China. Em entrevista à Xinhua, economistas do órgão interpretaram as decisões tomadas durante a Conferência Central de Trabalho Econômico do país na semana passada.
Na visão deles, os esforços do governo chinês estarão concentrados em melhorar a capacidade e a disposição do consumo doméstico no próximo ano, ao aumentar a renda de forma estável e por diversos meios. Entre eles, os economistas destacam expansão do investimento fiscal e melhora dos níveis de seguridade social, por exemplo, ao promover o emprego em determinadas áreas, além de ampliar a previdência urbana e rural e impulsionar o avanço salarial para trabalhadores.
O governo também deve endereçar outras questões estruturais, como formular novas políticas para aumentar níveis de fertilidade e estabilizar os mercados financeiros e o setor imobiliário da China.
Em termos de política fiscal, os economistas da Comissão Central de Assuntos Econômicos e Financeiros projetam aumento na intensidade das medidas, com aumento na emissão de títulos ultra-longos do Tesouro chinês e aumento nos títulos especiais de governos locais. "O déficit fiscal e a intensidade dos gastos públicos serão ampliados para garantir um forte impulso do crescimento econômicos", apontam.
Ao mesmo tempo, uma política monetária "apropriadamente" acomodatícia será adotada para reduzir o peso da dívida fiscal, conforme os especialistas. "Precisamos ter um sistema integrado e coordenado entre todas as políticas macro, micro, fiscal e monetárias para impulsionar a economia de forma efetiva", afirmaram.
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