O mercado reduziu consideravelmente a convicção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) abrirá o ciclo de relaxamento monetário na reunião de junho, após uma série de indicadores nos Estados Unidos e sinalizações do presidente do Fed, Jerome Powell. A mudança foi captada na plataforma do CME Group que monitora o comportamento da curva futura.
Há pouco, a ferramenta apontava 53,6% de chance de o Fed cortar a taxa básica em 25 pontos-base em junho, comparado com cerca de 60% na última quinta-feira. Como consequência, o risco de manutenção na faixa atual (entre 5,25% e 5,50%) naquele mês avançou de 39,6% para 46,4%.
Para o final do ano, investidores ainda enxergam como cenário mais provável (32,8%) uma redução acumulada de 75 pontos-base, ou três cortes se considerado um ritmo de 25 pontos-base por ajuste. No entanto, houve particular aumento na possibilidade de ocorrer um afrouxamento ainda mais tímido, de apenas 50 pontos-base (de 24,8% para 31,5%).
A reavaliação segue uma sequência de fatores que se acumularam desde a última sexta-feira, quando os mercados estavam fechados por conta de feriado. Naquele dia, dado apontou leve aceleração no índice de preços de gastos com consumo (PCE), métrica inflacionária preferida do Fed.
Também na sexta-feira, Powell disse que precisa de mais confiança no cenário de inflação para cortar juros.
Hoje, uma leitura de índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou expansão da indústria.
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