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Chance de continuar empregado do 1º tri para o 2º tri foi de 73,8%, diz Ipea

Um estudo divulgado nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a evolução do mercado de trabalho durante a pandemia da covid-19 apontou que a probabilidade de quem estava trabalhando no primeiro trimestre continuar em

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.11.2020, 17:54:00 Editado em 07.11.2020, 17:48:50
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Um estudo divulgado nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a evolução do mercado de trabalho durante a pandemia da covid-19 apontou que a probabilidade de quem estava trabalhando no primeiro trimestre continuar empregado no segundo trimestre foi de apenas 73,8%. Nos dois anos anteriores esse porcentual era de 89%, o que mostra o impacto da pandemia sobre o emprego.

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Os fluxos da condição de estar trabalhando para as condições de afastamento temporário ou inatividade, por sua vez, foram muito superiores aos valores observados no biênio anterior: Um total de 13,1% transitaram para o afastamento temporário (contra cerca de 1,5% no biênio 2018-19) e 9,3% para a inatividade (contra 6,3% em 2018 e 5,8% em 2019). Segundo o Ipea, os fluxos em direção à desocupação também aumentaram, embora de forma menos expressiva: 3,8% em 2020, contra 3,4% em 2018 e 2019.

O documento mostra que os níveis de ocupação e participação na força de trabalho caíram fortemente a partir de março e abril, o pior momento da crise. A partir de maio, houve uma rápida recuperação dos principais indicadores econômicos, mas muitas pessoas em idade ativa deixaram de trabalhar e não procuraram emprego por causa da pandemia, tornando-se inativas. Diante do desalento e da concessão do auxílio emergencial, muitos indivíduos acabaram transitando para fora da força de trabalho.

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O Ipea constata que dos trabalhadores ocupados e não afastados no primeiro trimestre de 2020, 60% permaneceram nessa condição no setor privado informal no segundo trimestre. O porcentual foi de 68% no setor público informal e de 67% entre os trabalhadores por conta própria. Em contrapartida, esse índice foi superior para os trabalhadores com carteira no setor privado (78%), para os empregados públicos CLT (79%) e para os militares e estatutários (77%).

O setor que registrou a menor proporção de permanência na condição de ocupado trabalhando entre o primeiro e o segundo trimestres de 2020 foi a construção civil (68,1%).

Citando dados Pnad Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo aponta que desde julho cresce o número de trabalhadores que estão retornando para suas ocupações, em todos os segmentos pesquisados. Em termos agregados, o porcentual de trabalhadores ocupados que foram afastados devido à pandemia caiu de 18,7% em maio deste ano para 3,7% em setembro de 2020.

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Óbitos

Em outro estudo, pesquisadores do Ipea e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificaram que trabalhadores empregados em estabelecimentos dos setores de saúde e segurança apresentam, respectivamente, uma chance de morrer 146% e 125% superior à dos ocupados em outras atividades.

Trabalhadores do comércio essencial, da imprensa e dos serviços essenciais têm, respectivamente, 30%, 49% e 38% mais chances de óbito que os demais grupos. Os empregados no serviço público (excluída a saúde) ainda apresentam 37% a mais de chances de morrer de covid-19.

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Os resultados mostram que a probabilidade de óbito por covid-19 aumenta em 18% a cada ano a mais de idade. Os homens têm 135% a mais de chance de morrer da doença do que as mulheres. No caso dos pretos, pardos e indígenas, o risco é 39% maior que o dos brancos. Já quem possui nível superior completo tem 44% menos de chance de morrer pela doença.

A pesquisa usou dados da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, que disponibiliza casos confirmados da doença desde o início da pandemia, em 08 de março. A coordenadora do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Ipea, Fernanda De Negri, uma das autoras do estudo, espera que os resultados ajudem a calibrar as medidas de prevenção da doença a serem adotados pelo setor público, inclusive no desenho de uma estratégia de imunização, no momento em que uma vacina for aprovada.

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