O presidente da Oi, Mateus Bandeira, anunciou, em carta aos funcionários, que deixará o cargo. A notícia foi antecipada pelo portal Teletime e confirmada pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que também teve acesso à carta.
No comunicado, Bandeira explicou que a troca tem como contexto a realização da assembleia-geral extraordinária, marcada para quarta-feira, 11, em que os acionistas vão eleger o novo Conselho de Administração, abrindo caminho para eleição de uma nova diretoria estatutária.
Esses passos já estavam previstos no plano de recuperação judicial, por meio do qual houve conversão de dívidas em ações, levando os credores para o controle da operadora.
A gestora de recursos Pimco terá a maior fatia do grupo, fincando com 36,66% do capital, seguido por pelo SC Lowy (12,33%) e Ashmore (9,58%), como divulgado pela Oi. Outros acionistas ficarão com 39,48%.
"Sairei satisfeito e orgulhoso. Satisfeito com as etapas vencidas, com os compromissos resgatados e com as perspectivas realidades de uma Oi viável e sustentável. Sairei orgulhoso das relações que fiz ou consolidei, do que aprendi e de tudo o que pude testemunhar", descreveu Bandeira.
Entre as principais conquistas, ele citou a aprovação do segundo plano de recuperação da Oi e a assinatura do termo de entendimento com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e demais autoridades para mudar o regime de concessão para autorização na telefonia fixa.
"Guardo o orgulho e o reconhecimento de ter trabalhado com um time de colaboradores capaz de enfrentar décadas de severas dificuldades financeiras e nunca ter deixado de prestar os serviços esperados. A todos vocês que pelo exemplo ensinam resiliência e profissionalismo todos os dias, meu sincero obrigado", afirmou o executivo, ressaltando que esta é sua última mensagem no posto.
Bandeira assumiu a presidência da Oi em janeiro, no lugar de Rodrigo Abreu, que ficou no conselho.
O executivo tem experiência como conselheiro da Vibra Energia, Intelbras e Marcopolo, além de já ter sido presidente da Falconi Consultoria e do Banrisul.
Ele também foi secretário de Planejamento do Rio Grande do Sul na gestão de Yeda Crusius, que governou o Estado de 2007 a 2010.
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