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Cautela com juro dos EUA e pressão interna de servidores deixam Ibovespa instável

Os ativos domésticos esperam em compasso de espera por novidades sobre a paralisação de servidores federais prevista para esta terça-feira e com sinais moderados. Enquanto aguarda a abertura negativa das bolsas americanas após o feriado de ontem, o Iboves

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.01.2022, 11:10:00 Editado em 18.01.2022, 11:16:47
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Os ativos domésticos esperam em compasso de espera por novidades sobre a paralisação de servidores federais prevista para esta terça-feira e com sinais moderados. Enquanto aguarda a abertura negativa das bolsas americanas após o feriado de ontem, o Ibovespa, que iniciou o pregão em sutil queda, passou a testar alta, mas sem muita convicção com a ajuda de ações ligadas ao setor de commodities. Já o dólar à vista tem instabilidade, com viés de queda, enquanto os juros avançam, com investidores atentos às paralisações de servidores federais. A volta das bolsas americanas após a folga da véspera deve ocorrer sob forte pressão negativa, na esteira de alta expressiva dos juros dos títulos americanos.

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A aversão a risco é notória nos mercados de ações do exterior. É crescente a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) eleve o juro básico de forma agressiva ao longo do ano, uma vez que a inflação americana permanece alta e a economia segue se recuperando.

A remuneração dos títulos referenciais de dez anos do Tesouro americano chegou a 1,83%, alcançando o maior nível em dois anos, com os investidores antecipando um movimento de aperto monetário que deve ser posto brevemente em prática pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, ressalta a Levante Ideias de Investimentos.

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Embora não haja mudanças em relação ao tema ligado à política monetária americana, a Renascença DTVM avalia que há um aguardo cauteloso dos investidores por novidades, indicadores econômicos e falas de diretores do Fed.

Internamente, investidores ainda adotam cautela por conta da paralisação dos servidores públicos no Brasil por reajustes salariais, o que eleva as preocupações fiscais.

Mais de 40 categorias de funcionários públicos prometem paralisar conjuntamente hoje. A preocupação é que o movimento consiga levar o governo a promover aumentos salariais em um momento delicado para as contas públicas, deixando o quadro fiscal incerto, tudo que o mercado abomina. A reação dos servidores aconteceu após o presidente Jair Bolsonaro tentar incluir no Orçamento de 2022 R$ 1,7 bilhão destinado a reajuste salarial de policiais federais. Aliás, a peça orçamentária precisa ser sancionada até sexta-feira.

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Líderes sindicais alertaram que, a depender da resposta do Executivo hoje, a mobilização será ampliada e as carreiras podem entrar em greve em fevereiro.

De acordo com a Levante, a partir dos atos desta terça-feira será possível compreender a magnitude das pressões do funcionalismo público federal e esperar uma resposta mais contundente do governo nas próximas duas semanas - a fim de evitar, principalmente, uma greve geral no início de um ano eleitoral.

"Ademais, com a crescente pressão sobre o governo, espera-se uma solução alternativa ao pagamento de R$ 1,7 bilhão para categorias que compõem a base de apoio do presidente. Nesse momento, o caminho mais plausível parece ser o recuo do governo e mais um ano de salários congelados para a elite do funcionalismo público", cita a nota da Levante.

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Contudo, a agenda de indicadores está esvaziada no Brasil, reforçando a expectativa de atenção dos agentes na paralisação do funcionalismo público e no exterior, o que também pode gerar instabilidade. Nos Estados Unidos, saem o índice de atividade industrial Empire State e balanços do Bank of America e do Goldman Sachs.

Internamente, o investidor ainda acompanha o noticiário corporativo. A BRF informou que a maioria dos acionistas da companhia aprovou o aumento do capital social por oferta pública de até 325 milhões de ações ordinárias e American Depositary Receipts (ADRs). Os papéis da BRF cediam 3,74%. Já a oferta de ações da Braskem, que pode render R$ 8 bilhões para a Petrobras e a Novonor, tem uma inovação que sinaliza que as vendas de papéis não vão parar agora, conforme apurou a Coluna do Broadcast. Braskem cedia 0,76%.

A despeito de temores no mercado relacionados com a demanda principalmente por conta de tensões no Oriente, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão para o aumento da oferta da commodity entre países fora do grupo em 2022. Ainda deixou inalterada a projeção de alta na demanda global por petróleo em 2022, em 4,2 milhões de bpd.

No entanto, a alta nas cotações do contrato futuro do petróleo entre 1,87% (EUA) e 1,45% (Londres) impulsionam as ações da Petrobras, com ganhos de 0,86% (PN) e de 0,52% (ON). Já a valorização do minério de ferro, de 1,59%, no porto chinês de Qingdao, anima os papéis do segmento. Vale ON subia 1,26% e CSN ON, 1,71% às 10h52.

O Ibovespa cedia 0,10%, aos 106.266,05 pontos, após abrir aos 106.369,27 pontos (queda de 0,01%), oscilar entre mínima diária aos 106.091,70 pontos (-0,27%) e máxima aos 106.519,93 pontos (alta de 0,14%).

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