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Cautela com China impera e Ibovespa ignora alta de NY, mas defende nível de 117 mil ptos

A decepção com o PIB chinês impede o Ibovespa de subir, em meio à cautela gerada por conta de preocupações com a demanda da segunda maior economia do globo. O Índice Bovespa só não cai mais devido ao ganho leve das bolsas americanas e por conta da tentati

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 17.07.2023, 11:32:00 Editado em 17.07.2023, 11:53:39
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A decepção com o PIB chinês impede o Ibovespa de subir, em meio à cautela gerada por conta de preocupações com a demanda da segunda maior economia do globo. O Índice Bovespa só não cai mais devido ao ganho leve das bolsas americanas e por conta da tentativa de alta de algumas ações de grandes bancos.

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Já o recuo de cerca de 0,70% do petróleo no exterior e de 0,89% do minério de ferro, em Dalian, pesa nas ações dos respectivos segmentos. Às 11h15, Vale cedia 1,54%, enquanto Petobras caía 1,34% (PN) e -0,68% (ON). Entre os bancos, as altas iam de 0,32% (Itaú Unibanco PN) a 1,88% (Unit de Santander).

O desempenho moderado das bolsas reflete a perda de força da economia chinesa no segundo trimestre, o que tende a reforçar expectativas de redução do PIB do país para perto da meta do governo, de 5%, ressalta Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas. Agora, diz, os mercados ficam no aguardo de novas medidas de estímulo, mas "ainda não há sinais claros" nessa direção.

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O PIB chinês teve alta anual de 6,3% no segundo trimestre, menor do que o crescimento de 6,9% esperado por analistas, e teve expansão de 0,8% na margem, apois 2,2% no segundo trimestre. Os dados elevam pressão de anuncio de novos estímulos por Pequim, o que tenderia a diminuir eventual queda do Ibovespa. Na sexta, fechou com recuo de 1,30%, aos 117.710,54 pontos.

"Os fracos números da economia chinesa no segundo trimestre impactam negativamente as ações e o mercado de commodities, exceto grãos por conta da decisão russa de se retirar do acordo que permitia as exportações ucranianas pelo Mar Negro", cita em nota a MCM Consultores.

Além do PIB fraco chinês, os investidores avaliam o IBC-Br, que mostrou queda de 2,00% no quinto mês do ano, um recuo mais intenso até mesmo que o do piso das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de -1,20%. O teto era uma alta de 1,0%, com mediana negativa em 0,10%.

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Em oposição ao IBC-Br com queda expressiva e ao recuo de 1,10% do IGP-10 em julho (ante mediana de -1,07%), a manutenção das projeções principalmente para IPCA no boletim Focus pode reduzir as estimativas de declínio de meio ponto porcentual na Selic em agosto. Desta forma, influencia para baixo algumas ações ligadas ao consumo.

Apesar da manutenção das estimativas na Focus (IPCA e Selic) e do recuo maior que o esperado do IBC-Br em maio, Ashikawa avalia que os indicadores não alteram sua projeção de queda de 0,25 ponto porcentual na Selic em agosto.

"O IBC-Br tem trazido resultados voláteis. Continuamos com projeção de alta de 2,2% do PIB em 2023. No caso da Focus, talvez o mercado esteja esperando novos dados para promover alterações", diz o economista da Principal Claritas.

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Às 11h20, o Ibovespa caía 0,45%, aos 117.213,01 pontos, após ceder 0,95% (mínima a 116.591,12 pontos) e subir 0,03% (máxima a 117.744,69 pontos).

Os indicadores locais e da China norteiam o Ibovespa, em dia de agenda esvaziada nos Estados Unidos, onde saiu apenas o índice de atividade industrial Empire State. Nos próximos dias, a atenção vai se voltar para balanços trimestrais, em especial de grandes bancos americanos. Amanhã saem BofA e Morgan Stanley.

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