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Campos Neto repete que há percepção de que está para começar período de desaceleração global

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira que há uma percepção no mercado financeiro de que está para começar um processo de desaceleração da economia global. Ele citou sinais de desaceleração nos Estados Unidos e

Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna (via Agência Estado)

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Escrito por Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna (via Agência Estado)
Publicado em 30.08.2024, 12:45:00 Editado em 30.08.2024, 12:50:47
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira que há uma percepção no mercado financeiro de que está para começar um processo de desaceleração da economia global. Ele citou sinais de desaceleração nos Estados Unidos e na China, com potencial impacto no ritmo de desinflação global, para explicar a postura do BC de ganhar tempo para decidir qual será o próximo passo da política monetária.

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"Hoje, tempo é importante para entender como o processo de desinflação está se dando", comentou Campos Neto, em participação na Expert, evento da XP Investimentos. "Há uma percepção de que vamos entrar em um período de desaceleração global", acrescentou o banqueiro central, emendando que o mercado passou a esperar que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comece a cortar sua taxa de juro em setembro. "O mercado espera cortes do Fed em setembro, de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. O mundo se prepara para a queda dos juros americanos", disse.

Assimetria em balanço de riscos não é guidance

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O presidente do Banco Central disse ainda que a assimetria no balanço de riscos para a inflação mencionada por vários membros do Comitê de Política Monetária (Copom) na ata da reunião de julho não equivale a uma sinalização sobre a decisão que será tomada a respeito da Selic em setembro.

Campos Neto reiterou que o Banco Central "fará o que for preciso para levar a inflação para a meta", mas destacou que o Copom preferiu não apresentar guidance - ou seja, sinalizar qual será sua próxima decisão - "por entender que o momento requer flexibilidade".

"É importante que o guidance tenha um valor esperado positivo e quando o Banco Central está muito dependente de dados é importante às vezes ter mais flexibilidade", acrescentou. "Assimetria não é guidance. Nós dependemos de dados", insistiu o banqueiro central.

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