Em entrevista à rede americana CNBC, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, respondeu também questão relacionada à situação fiscal do Brasil, se estaria preocupado com o "lado fiscal", na medida em que "não haveria compromisso do governo com o controle de gastos", tendo em vista o recente ajuste nas metas - não apenas em 2025, mas também em 2026.
Ao responder diretamente se o país estaria sob ameaça de uma crise fiscal, Campos Neto disse que o "fiscal é mais uma questão para o ministro da Fazenda do que para o presidente do Banco Central".
"Para nós, o que importa com relação ao fiscal são as variáveis que são afetadas por isso. E o que dizemos sempre é que precisamos ter harmonia entre a política fiscal e a política monetária. O problema quando a credibilidade da política fiscal é afetada, é que o preço, o custo, da política monetária fica mais alto. Um lado afeta o outro", acrescentou.
"O Brasil tem uma longa história com relação à questão fiscal, e este governo tem tentado abordar essa questão", afirmou Campos Neto. "Acabamos de ter algumas revisões de metas para o fiscal, mas a questão é saber como isso afetará variáveis que são parte de nosso enquadramento como formuladores da política monetária", concluiu o presidente do BC.
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