A oito meses de terminar o mandato, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 30, que não vai interferir nem dar indicações no processo de sucessão do comando da autarquia.
Mais uma vez, ele expressou o compromisso de contribuir para uma transição suave, considerando ser ruim quando um governo em fim de mandato não compartilha informações com outro que vai assumir.
"Quero fazer uma transição suave, do mesmo jeito que o Ilan Goldfajn, antecessor de Campos Neto fez comigo", disse em entrevista à CNN Brasil, comandada pelo jornalista William Waack. "Eu me comprometi a fazer isso. Não quero interferir nem dar nenhum tipo de sugestão de quem vai ser o sucessor. Quero fazer uma transição suave e tentar ajudar o máximo possível", reiterou.
Campos Neto classificou os anos na presidência do BC como os mais felizes de sua vida e de crescimento pessoal. "Quando você apanha, você aprende. No mundo privado também se apanha", respondeu Campos Neto ao ser questionado por Waack se foi um período feliz mesmo "apanhando" em diversas ocasiões.
Após negar rumores de que abriria uma fintech em Miami, o presidente do BC assegurou hoje que não sabe o que vai fazer após deixar o BC. "Não decidi, não sei ainda. Eu quero focar no Banco Central até o fim, quero dar uma descansada depois de seis anos, quero fazer uma transição suave, como disse. Mas realmente não tenho fechado o que quero fazer", afirmou.
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