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Campos Neto diz que arrecadação tem surpreendido para baixo, apesar de a economia crescer mais

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta-feira, 17, que o resultado primário superavitário do ano passado foi beneficiado por uma inflação mais alta e pelo congelamento dos salários do funcionalismo. No primeiro semestre de

Eduardo Rodrigues e Thaís Barcellos (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Rodrigues e Thaís Barcellos (via Agência Estado)
Publicado em 17.08.2023, 13:40:00 Editado em 17.08.2023, 13:46:38
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta-feira, 17, que o resultado primário superavitário do ano passado foi beneficiado por uma inflação mais alta e pelo congelamento dos salários do funcionalismo. No primeiro semestre deste ano, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 46,5 bilhões. "A arrecadação tem surpreendido para baixo em alguns casos, apesar de economia crescendo mais. Quando passa a consumir menos bens e consome mais serviços, ou quando o crescimento é mais baseado em agricultura, a arrecadação é menor", afirmou Campos Neto, em entrevista ao portal

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. Para o presidente do BC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está muito empenhado com a melhoria do resultado fiscal. "Não é trabalho fácil de fazer. E não adianta criar soluções que não sejam estruturais", avaliou. Mais uma vez ele defendeu a aprovação de medidas de arrecadação para que o governo consiga realizar um resultado fiscal zero em 2024. "O grande questionamento é se essas medidas de receita vão ser aprovadas e gerarão o impacto esperado", avaliou Campos Neto. "O resultado fiscal não precisa ser exatamente zero. O que o mercado observa é qual é o tipo de sucesso que teremos no caminho em direção ao equilíbrio das contas", completou. Campos Neto destacou novamente que o Brasil precisa endereçar de forma estrutural o crescimento real do gasto público, que neste e nos próximos anos deve ficar bem acima do esperado em outros países emergentes. Ele citou mais uma vez a aprovação de uma reforma administrativa como uma medida que tem efeito de longo prazo com ganhos que podem ser antecipados. "Eu vejo alguns anseios injustos. Eu entendo que existe anseio em cortar gastos, mas 40% da despesa está indexada por lei. Se fosse fácil já teria sido feito", concluiu o presidente do BC.

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