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Campos Neto destaca que reajuste combustíveis terá impacto na inflação, de cerca de 0,40pp

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o reajuste nos combustíveis promovido pela Petrobras terá impacto na inflação e estima que ele possa afetar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,40 ponto porcentual entre

Fernanda Trisotto e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)

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Escrito por Fernanda Trisotto e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)
Publicado em 15.08.2023, 13:55:00 Editado em 15.08.2023, 13:58:06
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o reajuste nos combustíveis promovido pela Petrobras terá impacto na inflação e estima que ele possa afetar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,40 ponto porcentual entre agosto e setembro. "Hoje teve um aumento grande em combustíveis, que tem impacto na inflação.O impacto da gasolina (na inflação) é direto na cadeia. Ainda terá algumas revisões com o reajuste de hoje", disse Campos Neto, em evento na sede da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE). Sobre a alta dos combustíveis, Campos Neto estimou que "o impacto será de mais ou menos 0,40 pp entre os meses de agosto e setembro". A Petrobras informou que vai elevar o preço da gasolina e do diesel nas suas refinarias a partir de amanhã. O preço da gasolina será elevado em 16,2%, para R$ 2,93 por litro, e o preço do diesel, R$ 3,80 por litro, uma alta de 25,8%. O aumento reduz a defasagem em relação ao mercado internacional e também o risco de faltar combustível no País.

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Pouso suave

O presidente do Banco Central repetiu nesta terça que o Brasil tem feito um "pouso suave" na inflação com pouco custo para o crescimento da economia. Ele voltou a citar as revisões para cima nas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. No evento da FPE, ele repetiu que há uma há "desancoragem gêmea" tanto nas estimativas do mercado para a inflação quanto para o resultado fiscal. Repetindo a apresentação feita na semana passada no Senado e em dois eventos em Curitiba (PR), ele voltou a pontuar as dificuldades estruturais de se reduzir gastos públicos no País. No começo do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por iniciar o ciclo de afrouxamento monetário com uma queda de 0,50 ponto porcentual dos juros básicos, para 13,25% ao ano, o que surpreendeu uma parte do mercado, que apostava majoritariamente em uma queda mais "parcimoniosa", de 0,25 ponto. O colegiado sinalizou ainda a manutenção do ritmo de cortes nas próximas reuniões.

Meta

O presidente do Banco Central disse que o Brasil é um dos poucos países com inflação encaixada para os próximos anos. "Quando olha expectativa de inflação, o Brasil é um dos poucos países com inflação encaixada em 2023, 2024 e 2025. Tem países com inflação desacelerando mais rápido, aqui está no intervalo da meta", afirmou. Campos Neto avaliou que países avançados estão com desinflação mais lenta e citou como exemplo os Estados Unidos e Europa ainda subindo juros. Em contrapartida, ele frisou que Brasil e Chile desaceleram a inflação mais rápido entre os países emergentes. O presidente do BC reiterou que o custo de desinflação no Chile está mais alto do que no Brasil, e ainda disse que a taxa de juros de 11% no Chile é muito alta, comparada com o Brasil.

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