A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 23, o novo relatório do projeto de lei que cria um Marco Legal dos Games e um requerimento de urgência para que ele seja encaminhado ao plenário. O projeto já havia sido examinado pela CAE em junho deste ano, mas voltou à comissão após um impasse entre líderes do Senado quando a proposta foi colocada na pauta do plenário. Após consultar os líderes partidários, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu encaminhar o projeto novamente à CAE para que fossem analisadas emendas apresentadas diretamente no plenário. O relator, Irajá Abreu (PSD-TO), rejeitou todas as emendas e manteve o texto como aprovado anteriormente. O ponto de maior discussão entre os senadores foi em relação aos chamados
- jogos em que a pontuação dos jogadores varia a partir do desempenho na vida real de um determinado atleta. Essa modalidade é comum principalmente no futebol, com jogos em que os usuários escolhem atletas e pontuam conforme as estatísticas de cada um deles nas partidas. Quando o texto foi ao plenário, senadores contestaram essa modalidade e alegaram que ela se aproxima de uma aposta - e, portanto, deveria ser tratada junto ao projeto das apostas esportivas. O projeto de lei inclui os jogos eletrônicos nas regras de tributação de equipamentos de informática, o que pode reduzir os impostos incidentes sobre eles. O texto exclui do conceito de "jogo eletrônico" os jogos de azar, o que é bem visto pelo setor, além de definir os chamados
e-sports- que, na Lei Geral dos Esportes, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em junho, acabaram ficando de lado. A proposta é de interesse do setor dos jogos eletrônicos, que vê na possibilidade de regulamentação a principal ferramenta para alavancar investimentos privados em startups do setor.
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