A procura por financiamento no Brasil acentuou o ritmo de queda em novembro. O Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) caiu 11% depois de ceder 10% em outubro. Já em relação ao penúltimo mês de 2022, a queda foi de 15%. Por ora, o resultado em novembro aparece como o mais negativo desde julho deste ano. O único mês de 2023 em que o indicador registrou crescimento em relação a 2022 foi setembro. Naquela ocasião, houve expansão de 6%, segundo o índice antecipado ao
e mensurado pela Neurotech, empresa B3 especialista na criação de soluções avançadas de Inteligência Artificial e Big Data. A contração apurada em novembro ante o mesmo mês do ano passado foi puxada principalmente pelo segmento varejista, que retraiu 27%. A busca por crédito em bancos e financeiras, por sua vez, cedeu 10%. Já o INDC do setor de serviços subiu pelo segundo mês consecutivo, ao apresentar alta de 14% no período em questão. Na comparação mensal, o recuo do INDC também sofreu influência considerável do varejo (-26%). Os juros ainda em níveis elevados são uma parte da explicação da queda do INDC, apesar do processo de afrouxamento monetário no Brasil. "O ano inteiro nos mostrou a incerteza dos consumidores perante uma economia que ainda vive mudanças delicadas", avalia Natália Heimann, head de produtos Analytics da Neurotech. A responsável pelo INDC não descarta a possibilidade de que o cenário negativo na demanda por crédito tenha uma leve recuperação na leitura de dezembro, a depender do varejo. "Um crescimento efetivo, de fato, devemos ter só a partir de janeiro", estima. No varejo, somente a categoria de supermercados mostrou expansão da busca por financiamento em novembro em relação ao penúltimo mês de 2022, ao subir 24%. Já o segmento de vestuário teve o pior desempenho, com recuo de 62%. Os demais componentes do indicador tiveram quedas de 53% (lojas de departamento), de 41% (eletroeletrônicos) e a categoria Outros cedeu 1% em novembro no confronto interanual.
MensalAlém do recuo de 26% da procura por crédito no varejo em novembro em relação ao mês anterior, houve recuo de 17% em serviços e alta de 1% no setor de bancos e financeiras. No varejo, a categoria Outros e de supermercados foram as que apresentaram as maiores variações, com altas de 7% e de 4%, respectivamente. Os demais tiveram declínio de 44% ( lojas de departamento), de 33% (eletro/móveis) e 22% (vestuário).
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