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Brics Brasil: Presidente da Frente Parlamentar Brasil-China diz que Trump é 'fanfarrão'

O presidente das Frentes Parlamentares dos Brics e Brasil-China, deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), defende um engajamento maior do governo brasileiro no grupo de economias emergentes diante da instabilidade provocada pelas medidas anunciadas pelo at

Daniela Amorim (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim (via Agência Estado)
Publicado em 24.04.2025, 18:17:00 Editado em 24.04.2025, 18:24:35
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O presidente das Frentes Parlamentares dos Brics e Brasil-China, deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), defende um engajamento maior do governo brasileiro no grupo de economias emergentes diante da instabilidade provocada pelas medidas anunciadas pelo atual governo dos Estados Unidos. Após reunião de representantes de movimentos sociais com chanceleres dos Brics, no Rio de Janeiro, Pinato chamou o presidente americano, Donald Trump, de um "fanfarrão" que já estaria "passando vergonha", devido aos anúncios de tarifaço.

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"Nós vimos aí a irresponsabilidade do presidente Trump, que é um fanfarrão, de maneira irresponsável criando um tumulto. Então a plataforma Brics pode ser o plano A, o plano B, como deve ter outras plataformas. E é importante realmente dar continuidade, continuidade na questão diplomática. Os ministros nossos devem estar sempre mais atuantes", disse Pinato em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 24, após a reunião com os chanceleres dos Brics, chamados de sherpas.

Segundo o parlamentar, é necessário negociar com parceiros comerciais do Brasil com pragmatismo, de acordo com os interesses nacionais, deixando de lado questões ideológicas "defasadas".

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"O presidente Trump é um tipo de presidente que deve ser levado a sério. Eu acho que um cara líder de uma nação querer criar toda essa confusão vai passar a vergonha, já está passando vergonha", disse Pinato. "Eu acho que o Brasil, eu gostei muito da postura do governo, eu sou um cara independente, (mas a postura brasileira) foi muito firme. Nós não somos mais colônia."

Uma das ferramentas que poderiam ser usadas para facilitar o comércio empresarial nesse cenário de incerteza global com países parceiros seria o Banco dos Brics, defendeu o parlamentar, citando a possibilidade de tarifas diferenciadas, financiamentos e garantias.

Quanto à participação de movimentos sociais no encontro dos Brics, Pinato crê que haja espaço para que o Brasil ajude outros países a avançarem em pautas e demandas desses setores, mas recomenda cautela, defendendo que a prioridade é a pauta econômica.

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"No momento eu prefiro ficar com a pauta tecnologia, reindustrialização, pragmatismo e resultado efetivo", disse ele.

Movimentos sociais, representantes da sociedade civil organizada e outros agentes não governamentais entregaram o documento Brics People to People ao sherpa brasileiro, embaixador Mauricio Lyrio, além dos demais chanceleres de países do grupo. O documento resumia recomendações sobre temas prioritários como governança mundial, educação, saúde e tecnologia digital.

No encontro desta quinta-feira, porém, os diplomatas puderam ouvir também os representantes defenderem bandeiras adicionais, como a adoção de uma alternativa ao dólar como moeda de referência em transações comerciais e financeiras internacionais, relatou o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile. Outras demandas trataram de uma possível inclusão de mais países no grupo e uma eventual atuação dos Brics para socorrer países vítimas de guerras e crises humanitárias.

"Comentamos com eles da importância de fato de os governos botarem mais prioridade no banco dos Brics, que está lá presidido pela nossa presidenta Dilma (Rousseff). Então, o Brics tem que sair da burocracia que está agora e se transformar de fato num banco de desenvolvimento do Sul Global. Sul Global como conceito geopolítico, não geográfico", acrescentou Stedile, defendendo a necessidade de investimentos na industrialização, incluindo a cadeia de produção de alimentos.

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