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Brasileiro vai deixar de pagar combustível como se fosse importado, diz coordenador da FUP

O fim da política de paridade com a importação (PPI), anunciada na manhã desta terça-feira, 16, pela Petrobras foi comemorado pelo coordenador geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que desde outubro de 2016 crítica o impacto d

Denise Luna (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Luna (via Agência Estado)
Publicado em 16.05.2023, 11:37:00 Editado em 16.05.2023, 11:44:26
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O fim da política de paridade com a importação (PPI), anunciada na manhã desta terça-feira, 16, pela Petrobras foi comemorado pelo coordenador geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que desde outubro de 2016 crítica o impacto do PPI nos preços internos. Ele classificou a decisão como o "fim de um pesadelo".

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"Depois de quase sete anos assombrando o povo brasileiro, o pesadelo chega ao fim. Um dia para ser comemorado", afirmou Bacelar.

Segundo ele, em quase sete anos de vigência do PPI, o gás de cozinha aumentou 223,8% nas refinarias, custando R$ 108, em média, no Brasil, para o consumidor. No mesmo período, a gasolina variou 112,7%, e o diesel, 121,5%, conforme cálculos do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese/subseção FUP), com base em dados da Petrobras.

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Durante 13 anos, no governo do PT, o gás de cozinha teve apenas dois reajustes e alta de 15,5% no período, enquanto o barril de petróleo variou 95,2%. Antes do PPI, o botijão de GLP custava R$ 55, O litro da gasolina era vendido a R$ 3,65. O diesel custava R$ 3,00, destaca o dirigente sindicalista.

"O governo Lula abrasileirando o preço dos combustíveis, conforme promessa de campanha. Com a nova política, o Brasil terá gás de cozinha, gasolina e diesel mais baratos, pois os custos nacionais de produção, em reais, entrarão na composição dos preços", destaca Bacelar.

Ele explica que, com a nova política, o brasileiro deixa de pagar pelos combustíveis como se fossem importados. A Petrobras passou a não considerar apenas a cotação do petróleo no mercado internacional e do dólar, e nem os custos de importação.

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"O Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, a Petrobras tem grande parque de refino e utiliza majoritariamente petróleo nacional que ela mesma produz. Assim, com a nova política, reduz-se também a volatilidade de preços ao consumidor", explica o dirigente da FUP.

A FUP e seus sindicatos lutam desde 2016 para derrubar o PPI, que promoveu no mercado interno repasses automáticos de aumentos de preços internacionais do petróleo, variação cambial e de custos de importação. Uma política que garantiu mega lucros à Petrobras e dividendos recordes a acionistas, em detrimento de investimentos.

A expectativa do anúncio do fim do PPI vem punindo as ações da empresa desde a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições do ano passado. Na segunda-feira, após a Petrobras anunciar oficialmente no domingo, 14, que iria mudar o PPI, os papéis da estatal aprofundaram a queda e fecharam desvalorizados em 1,99% (ON) e 2,25% (PN).

"O gás de cozinha, para o consumidor, custava em média R$ 55,35 no Brasil, um dia antes da implantação do PPI, em outubro de 2016. O litro da gasolina era vendido a R$ 3,65. O diesel custava R$ 3,00", lembra Bacelar. Atualmente, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás está em R$ 108,13, a gasolina em R$ 5,52 e o diesel em R$ 5,65.

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