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Brasil está na iminência de abrir mercado da China para o DDG, afirma Fávaro

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o País está "na iminência de abrir o mercado da China para o DDG". Os grãos secos de destilaria (Distillers Dried Grains, ou DDG, na sigla em inglês) são um subproduto da produção de etanol, obtido a p

Leandro Silveira* (via Agência Estado)

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Escrito por Leandro Silveira* (via Agência Estado)
Publicado em 04.04.2025, 12:28:00 Editado em 04.04.2025, 12:32:32
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o País está "na iminência de abrir o mercado da China para o DDG". Os grãos secos de destilaria (Distillers Dried Grains, ou DDG, na sigla em inglês) são um subproduto da produção de etanol, obtido a partir de grãos e utilizado na ração animal, como milho.

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A declaração foi dada durante discurso na 2ª Conferência Internacional Unem Datagro sobre Etanol de Milho, realizada na quinta-feira, 3, em Cuiabá (MT).

"Atualmente, 18 mercados importam nosso DDG, sendo que 14 foram abertos recentemente, como México, Reino Unido, Canadá e Vietnã", afirmou Fávaro. "Mas seguimos avançando com um grande objetivo: abrir o mercado da China, garantindo ainda mais sustentabilidade para esse setor."

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O ministro da Agricultura também afirmou que o Brasil está consolidando sua posição como líder global na produção de biocombustíveis.

Ele destacou que o setor agropecuário e energético são complementares e que a ampliação da mistura de etanol na gasolina beneficiará produtores e consumidores.

"O campo se tornou a nova Petrobras", afirmou o ministro.

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Em seu discurso, Fávaro buscou ressaltar que o governo voltou a estimular a produção de biodiesel. "O presidente Lula acabou com o retrocesso que vinha acontecendo, por exemplo, no biodiesel, onde, em vez de estar em B15, já estávamos retroagindo para B10. Agora, já retornamos ao B14 e, muito em breve, ao B15."

Fávaro também comentou o impacto da decisão de elevar a mistura de etanol na gasolina de 27,5% para 30%, que pode entrar em vigor no meio do ano. "O etanol é mais barato do que a gasolina, mais eficiente, mais limpo, gera emprego, gera oportunidades e é renovável", disse.

Ele acrescentou que há viabilidade técnica para elevar essa proporção a 35% no futuro.

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Sobre exportação, ele ressaltou negociações recentes com Japão e Vietnã para o embarque de carne bovina. "Na última semana, demos um passo importantíssimo na abertura do mercado de carne bovina do Japão e conseguimos a tão esperada abertura para o Vietnã, um mercado de 300 mil toneladas por ano, algo em torno de R$ 10 bilhões."

O ministro também destacou a assinatura de um memorando com o Japão para aumentar a participação do etanol na matriz energética do país asiático. "Firmamos o compromisso de que, até 2030, o Japão incremente 10% de etanol na gasolina e, até 2040, esse porcentual suba para 20%."

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Segundo ele, o mercado internacional deve continuar aquecido, incentivando novos investimentos no setor. "A nova Opep será feita no campo, principalmente aqui no Brasil", concluiu.

Etanol de milho

A produção de etanol de milho no Brasil deve atingir 9,89 bilhões de litros na safra 2025/26, um crescimento de 20% em relação aos 8,25 bilhões de litros de 2024/25, segundo dados divulgados pela União Nacional do Etanol de Milho (Unem) durante a Conferência Unem Datagro sobre Etanol de Milho.

Além do etanol, a produção de grãos secos de destilaria (DDG/DDGS), um subproduto utilizado na alimentação animal, também deve crescer. A previsão é de que a produção passe de 4,05 milhões de toneladas em 2024/25 para 4,84 milhões de toneladas em 2025/26.

O Brasil conta atualmente com 25 biorrefinarias dedicadas à produção de etanol de milho. Para a safra 2024/25, a moagem de milho para etanol atingiu 14,29 milhões de toneladas.

*O repórter viajou a convite da Datagro

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