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Bradesco: Safra recorde deve frear inflação de alimentos após pressão da seca

O clima seco no País afeta diversas culturas agrícolas e contribui para uma alta superior a 6% nos preços dos alimentos neste ano. Porém, as perspectivas para a próxima safra de grãos seguem positivas, o que indica um quadro mais benigno para a inflação n

Eduardo Laguna (via Agência Estado)

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Escrito por Eduardo Laguna (via Agência Estado)
Publicado em 22.09.2024, 08:01:00 Editado em 22.09.2024, 08:09:20
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O clima seco no País afeta diversas culturas agrícolas e contribui para uma alta superior a 6% nos preços dos alimentos neste ano. Porém, as perspectivas para a próxima safra de grãos seguem positivas, o que indica um quadro mais benigno para a inflação no ano que vem.

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A observação é feita em relatório do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, que observa que, embora a inflação da alimentação no domicílio deva encerrar o ano acima de 6%, o cenário para 2025 é de arrefecimento, dada a expectativa de recorde, puxado por soja e arroz, na próxima safra de grãos.

Por outro lado, o Bradesco pondera que o aumento esperado nos preços de carne bovina tende a limitar a desinflação de alimentos. Considerando a elevação da arroba do boi, a projeção é de alta de 4,5% aos preços de alimentos no próximo ano.

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Em relatório assinado pelas analistas Mariana Freitas e Priscila Trigo, é observado que, além dos impactos da seca na safra atual, a demanda doméstica se mostrou mais aquecida do que o antecipado. Em paralelo, o câmbio teve depreciação de cerca de 12% neste ano. As queimadas em São Paulo, comentam, tiveram efeitos pontuais na produção, com maior impacto no mix produtivo da cana do que pressões altistas em preços. A cana queimada tende a ser direcionada para etanol, minimizando as perdas ao produtor.

Ao analisar também o menor volume de chuvas nos reservatórios do sistema elétrico, que estão com cerca de 50% da capacidade, e expectativa de recuo para 40% até o fim do ano, o Bradesco considera que o nível não é tão crítico quanto em 2021. Há, contudo, um impacto no custo, pois o operador do sistema (ONS) optou por mais despacho térmico para preservar o armazenamento hidráulico.

No caso do saneamento, pontuam as analistas do Bradesco, não parece haver risco de abastecimento apesar da seca em São Paulo. Os dados da Sabesp indicam uma redução dos reservatórios, mas os principais mananciais ainda estão com armazenamento acima da média histórica, observam.

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