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Bom humor externo impulsiona Ibovespa, mas fator político fica no radar

Os mercados internacionais retomam o otimismo nesta segunda-feira, a despeito do aumento de casos de coronavírus no mundo. Os investidores iniciam a semana animados com a retomada da economia mundial e evolução em testes para vacina contra a covid-19. A s

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.07.2020, 11:21:00 Editado em 13.07.2020, 11:25:15
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Os mercados internacionais retomam o otimismo nesta segunda-feira, a despeito do aumento de casos de coronavírus no mundo. Os investidores iniciam a semana animados com a retomada da economia mundial e evolução em testes para vacina contra a covid-19. A safra de balanços trimestrais nos Estados Unidos, que começou hoje com a PepsiCo, é tida como um importante termômetro para balizar os sinais de recuperação após o choque da pandemia. O lucro ajustado da companhia surpreendeu analistas, fazendo as ações subirem.

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A semana ainda conta com a divulgação de indicadores considerados relevantes pelo mercado aqui e no exterior, além de decisões políticas importantes que envolvem vetos presidenciais, cuja derrubada terá implicações fiscais, descreve o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.

Com esse sentimento, o Ibovespa avança, dando sequência aos ganhos de sexta-feira, quando voltou a superar os 100 mil pontos, o que não era visto desde o dia 6 de março. O índice fechou em alta de 0,88%, aos 100.031,88 pontos, após ter atingindo a máxima aos 100.100,98 pontos.

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"O ânimo externo está ajudando, e o índice tenta busca os 101 mil pontos, operando como se não estivesse acontecendo avanço de casos de coronavírus", diz o estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimentos, Rafael Bevilacqua. Na máxima, o índice alcançou 100.857,68 pontos.

Por ora, sintetiza Campos Neto, da Tendências, o sentimento de recuperação prevalece sobre os focos ainda presentes de preocupação, como o avanço dos casos de covid-19 nos EUA e os embates entre as duas maiores economias do mundo.

Já a China anunciou que vai impor sanções a quatro autoridades dos EUA, incluindo os senadores republicanos Marco Rubio e Ted Cruz, em retaliação às restrições americanas adotadas a autoridades chinesas por supostas violações de direitos humanos em Xinjiang. "São situações que, embora não impeçam o bom humor da abertura, impõem limites e riscos aos movimentos", pondera.

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Apesar do avanço do Ibovespa ainda não contar com a presença do investidor estrangeiro, o mercado de capital brasileiro, de certa forma, está agitado mesmo neste momento de pandemia. A estreia da Ambipar ON na B3 é um retrato da atratividade do mercado de capitais, pelo menos aos olhos do investidor doméstico. A companhia de gestão ambiental é a primeira empresa no setor a ser listada na Bolsa, e já subia 15,23% logo após primeira abertura na B3. Os pedidos dos investidores pelas ações superaram em mais de dez vezes as ações que foram ofertadas. Com R$ 1,08 bilhão indo ao caixa da empresa, a Ambipar prepara agora uma nova onda de crescimento, mirando aquisições, informa a repórter Fernanda Guimarães.

Ainda que não influencie diretamente o Ibovespa, o investidor poderá olhar com bons olhos novas ondas de oferta de ações, envolvendo o Grupo Dimed, da rede de farmácias Panvel, e a Even.

Diante de indícios de reação econômica, há a expectativa de ampliação na produção mundial de petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que deve se reunir virtualmente na quarta-feira. As cotações do petróleo cedem esta manhã no exterior, recuo que pode pesar nos papéis da Petrobras, que ainda amarga a informação de suspensão da venda de um lote de gasolina de aviação importada, após testes apontarem adulteração.

Às 11h03, o Ibovespa subia 0,35%, aos 100.377,70 pontos. Para William Teixeira, head e especialista em ações da Messem Investimentos, os resultados dos indicadores que sairão esta semana em várias partes do globo e os balanços nos EUA é que definirão o rumo do índice. Por ora, diz, os 100 mil ainda não são sustentáveis. "Temos de ver como será o desempenho dos balanços do segundo trimestre no Brasil. A expectativa boa é que os números deverão vir ruins por captarem o período todo do isolamento social mais agudo, mas as empresas poderão informar perspectivas melhores."

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