Após a entrega da reforma administrativa no Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro voltou a enfatizar, na noite desta quinta-feira, 3, que a proposta enviada pelo governo ao Congresso não vai atingir os atuais servidores. Segundo Bolsonaro, o Congresso vai analisar, alterar e eventualmente até estender os termos do texto para os outros setores.
"Já estou vendo um montão de órgão de imprensa falando besteira. Primeiro, não se aplica aos atuais servidores. Ponto final. É daqui pra frente. E não vou entrar em detalhes, o Congresso vai analisar, vai alterar, vai estender para os outros poderes, talvez", afirmou o presidente durante transmissão semanal nas redes sociais.
Sobre o fato de militares não serem atingidos pela reforma, Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, justificou que os integrantes das Forças Armadas possuem uma carreira diferenciada. Assim como os militares, a reforma não afeta magistrados, parlamentares e membros do Ministério Público.
"O pessoal militar, por exemplo. Se alguém quiser a previdência, tudo militar, está à disposição. Nós não temos hora extra, não temos Fundo de Garantia, não tem um montão de coisa. A estabilidade é com dez anos de serviço, não com três, está certo? Mas ninguém quer comparar nada não. É que o quadro de servidores encheu muito no Brasil, alguns prefeitos no passado mais que dobravam o efetivo de servidores, e a conta é alta para pagar", afirmou o presidente.
Segundo Bolsonaro, o que mais "pesa" nas contas do governo é "a Previdência e o servidor". "Incluindo o servidor civil e os militares da União. É enorme", avaliou.
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