As bolsas de Nova York fecharam na maioria em alta nesta quarta-feira, 7, diante de sinalizações que apontaram para uma possível continuidade no aperto monetário por uma série de bancos centrais para conter a persistência da inflação elevada. Como resultado, ações de empresas de tecnologia estiveram entre as maiores quedas, e, por outro lado, papéis de bancos tiveram algum impulso.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,27%, a 33.665,02 pontos; o S&P 500 recuou 0,38%, a 4.267,52 pontos; e o Nasdaq caiu 1,29%, a 13.104,90 pontos. Já o índice VIX, assinalado como um termômetro da volatilidade, chegou ao seu menor nível desde o começo de 2020, caindo 0,72%, a 13,86 pontos.
Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, as ações caíram depois que os investidores ficaram assustados quando o Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês) reiniciou sua campanha de aumento de taxas de juros. O BoC é visto como um dos líderes quando se trata de ser proativo com a política monetária, lembra. "Eles foram os primeiros a aumentar as taxas em 2022 e depois colocá-los em espera no início deste ano. O BoC está sinalizando que mais aumentos de juros podem ocorrer e isso faz com que todos repensem que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fará após o aumento de julho."
Para a Capital Economics, o Fed deve manter a taxa de juros na próxima reunião, sem necessariamente colocar fim ao aperto monetário. De acordo com a consultoria, os aumentos de juros pelo BoC e pelo Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês) depois de reuniões com a taxa congelada nos dois casos, podem sugerir que o Fed seguirá o mesmo caminho.
A chance de o banco central americano) encerrar este ano com juros acima do nível atual, de 5,00% a 5,25%, cresceu, no monitoramento do CME Group. Pouco antes do fechamento deste texto, havia 24,6% de possibilidade de que os juros estejam em 5,25% a 5,50% em dezembro (de 18,5% na terça), e 5,7% de que estejam entre 5,50% e 5,75% (de 2,9%).
Dentre as principais quedas do dia, Microsoft (-3,09%) e Alphabet (-3,78%) recuaram. Entre os bancos, Goldman Sachs (+2,74%) e Wells Fargo (+1,96%) puxaram os ganhos.
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