As bolsas de Nova York fecharam sem sincronia hoje, com o Dow Jones computando a segunda queda seguida, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto dos EUA não ter eliminado a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa querer manter a política monetária restritiva por mais tempo - um cenário que tende a reduzir o apetite por risco. O índice Dow Jones fechou com queda de 0,20%, aos 34.575,53 pontos; o S&P 500 subiu 0,12%, aos 4.467,44 pontos; e o Nasdaq teve alta de 0,29%, aos 13.813,59 pontos, atenuando parte da perda de 1,04% da véspera. "Embora a leitura (do CPI) não tenha sido suficientemente elevada para garantir novas elevações (de taxas de juro), também não trouxe nada que sugerisse que o Fed terá de considerar cortes em qualquer momento no futuro próximo, e novas medidas de aperto ainda estão firmemente sobre a mesa", escreveram os analistas Ian Lyngen e Ben Jeffery, da BMO Capital, em relatório. O CPI subiu 0,6% em agosto ante julho, após ajustes sazonais, em linha com a mediana dos analistas consultados pelo
. O núcleo subiu 0,3% no mês, um pouco acima da previsão de 0,2%. Na comparação anual, as altas foram de 3,7% e 4,3%, ante previsões de 3,6% para o índice cheio, com a leitura anual do núcleo em linha com o esperado. A 3M respondeu pela maior queda porcentual do índice Dow Jones, recuando 5,70%. Do lado oposto, a Microsoft subiu 1,29% e foi o maior ganho porcentual. As ações de empresas aéreas, que têm na querosene de aviação parte relevante de seus custos, computaram uma sessão de perdas. A American Airlines cedeu 5,67%; a Delta Airlines caiu 2,80% e a United Continental fechou em baixa de 3,80%. Hoje, American Airlines e Spirit Airlines cortaram suas projeções de resultados, o que pesou sobre todo o setor. A Apple cedeu 1,19%, prolongando a queda da terça-feira, em meio à reação à apresentação ontem do esperado iPhone 15. Ford (+1,53%) e GM (+0,57%) estenderam ganhos após a notícia, que circulou ontem, de que o sindicato americano de trabalhadores das montadoras (United Auto Workers, UAW) aliviou suas demandas, o que poderá facilitar um desfecho sem greve para as negociações salariais. A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer que as montadoras e o sindicato sigam discutindo um acordo, disse o chefe do grupo de conselheiros econômicos da Casa Branca, Jared Bernstein, em entrevista coletiva nesta quarta-feira em Washington.
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