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Bolsas de NY fecham mistas, com aumento da perspectiva de Fed mais agressivo

As bolsas de Nova York fecharam majoritariamente em queda nesta terça-feira, 14, após uma sessão volátil marcada pela divulgação da leitura de janeiro do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Junto com comentários de dirigentes do Feder

Letícia Simionato (via Agência Estado)

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Escrito por Letícia Simionato (via Agência Estado)
Publicado em 14.02.2023, 18:28:00 Editado em 14.02.2023, 18:34:44
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As bolsas de Nova York fecharam majoritariamente em queda nesta terça-feira, 14, após uma sessão volátil marcada pela divulgação da leitura de janeiro do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Junto com comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed), o dado levou o mercado a praticamente descartar a chance de corte juros este ano.

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O índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,46%, a 34.089,27 pontos; o S&P 500 perdeu 0,03%, a 4.136,13 pontos; e o Nasdaq avançou 0,57%, a 11.960,15 pontos.

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o CPI subiu 0,5% em janeiro ante dezembro, ao passo que apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,4% no período. Ambos os dados vieram em linha com a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Contudo, na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 6,4%, e o núcleo do CPI teve incremento 5,6% no mês passado, superando as previsões de analistas.

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Monitoramento do CME Group mostra que a chance de que o Fed corte os juros básicos dos Estados Unidos ainda em 2023 reduziu após a publicação CPI, de 4,6% ontem para 0,9% por volta das 18h (de Brasília). Assim, a chance de que o ano termine em uma faixa de juros acima da atual, de 4,50% a 4,75%, passou de 77,8% para 92,3%, na mesma comparação.

Para Edward Moya, da Oanda, as ações dos EUA caíram em grande parte da sessão, pois as tendências de desinflação estão em perigo, o que pode levar o Fed a aumentar as taxas de juros e mantê-las por mais tempo. Maria Vassalou, codiretora de investimentos de soluções multiativos do Goldman Sachs Asset Management, destaca que a força do núcleo da inflação sugere que o Fed tem muito mais trabalho a fazer para trazer a inflação de volta para 2%.

Durante a tarde, o foco se voltou para comentários de dirigentes do Fed: da distrital de Richmond, Tom Barkin, afirmou que o resultado do CPI indica que a inflação está normalizando, mas ainda está desacelerando "devagar". De Nova York, John Williams, comentou que a inflação continua "alta demais", apesar de ter moderado nos últimos meses. Já a presidente do Fed em Dallas, Lorie Logan, disse que o BC americano deve estar preparado para subir juros por um período mais longo do que o esperado. Patrick Harker, da Filadélfia, por sua vez, disse que o Fed deve continuar com aumentos de 25 pontos-base nos juros durante algum tempo, até atingir nível em que a política monetária consiga trazer a inflação de volta à meta.

Entre as ações de destaque, as da Boeing subiram 1,30%, após a empresa anunciar um acordo avaliado em US$ 34 bilhões de venda de mais de 200 aeronaves para a Air India. O papel da Coca-Cola caiu 0,10%, após a gigante de bebidas informar balanço, enquanto que a Ford perdeu 0,92%, depois que a montadora paralisou a produção de um dos seus modelos elétricos.

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