As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quinta-feira, 25, enquanto os investidores digeriam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Por mais que a instituição tenha deixado juros inalterados, alguns analistas identificaram um subtexto "dovish" no tom da presidente Christine Lagarde, que esperavam que pressionaria mais contra expectativas de cortes antes do verão local.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 0,32%, aos 478,64 pontos.
Já era amplamente esperado que o BCE mantivesse suas taxas de política monetária nesta quinta-feira. Na coletiva de imprensa que se seguiu, Lagarde reafirmou que os juros poderão ser cortados a partir de junho, no verão local, mas evitou responder diretamente se isso descarta a possibilidade de o afrouxamento começar antes.
Para o analista Michael Hewson, da CMC Markets, essa esquiva deixou na mesa a possibilidade de um corte em março ou maio, e ajudou os mercados europeus a saírem das mínimas do dia e voltarem para território positivo.
Mais cedo, o instituto Ifo informou queda inesperada no seu índice de sentimento das empresas da Alemanha. Na visão do HFE, o dado confirma que a economia alemã está em contração. Indicadores fracos de atividade tendem a reforçar expectativas de uma política monetária mais branda.
Na Bolsa de Frankfurt, o DAX fechou com alta de 0,10%, aos 16.906,92 pontos; em Paris, o CAC 40 subiu 0,11%, aos 7.464,20 pontos; em Milão, o FTSE MIB cedeu 0,60%, aos 30.157,80 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,52%, aos 6.294,55 pontos. As cotações são preliminares.
Fora da zona do euro, a consultoria financeira St. James Place teve um dos piores desempenhos da Bolsa de Londres, caindo 4,38% na esteira da publicação do seu balanço trimestral. O índice britânico FTSE 100 fechou com alta de 0,03%, aos 7.529,73 pontos.
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