As bolsas da Europa fecharam a sexta-feira, 29, em alta, estendendo os ganhos da véspera e revertendo parte das perdas vistas no início de semana negativo. Nesta sexta, novos dados da inflação na zona do euro sustentaram a tese de que o Banco Central Europeu (BCE) chegou ao fim de sua alta de juros e deve mantê-los estáveis por algum tempo.
O FTSE 100 subiu 0,08% em Londres, a 7608,08 pontos. O DAX avançou 0,41%, a 15386,58 pontos, em Frankfurt. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,26%, a 7135,06 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,28%, a 28243,26 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,15%, a 9.453,80 pontos. E o PSI 20 avançou 0,63%, a 6090,33 pontos, em Lisboa.
A sexta-feira marcou o último dia do terceiro trimestre de 2023, com Londres, Milão e Lisboa acumulando altas marginais no acumulado dos três meses. O índice Dax, porém, teve perdas de 4,71% no trimestre, Paris caiu 3,58% e Milão recuou 1,57%.
De acordo com a Capital Economics e com o Commerzbank, os dados de inflação de desta sexta sustentam que a zona do euro já chegou no pico dos juros, e a questão agora se volta ao tempo em que o BCE vai precisar manter as taxas elevadas antes de começar a cortá-las.
Segundo o Bank of America, "as taxas de juros a 4% na Europa são restritivas demais para uma economia de crescimento lento", e por isso o BCE não deve ir além. Para a Capital, o primeiro corte virá só em setembro de 2024, pouco mais tarde do que o mercado está acreditando.
Nesta sexta-feira também, o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido mostrou avançou um pouco além do esperado, de 0,6% na comparação anual entre abril e junho, quando a expectativa era de alta 0,4%.
Segundo a Capital Economics, porém, o otimismo com o dado não deve durar, já que ela considera haver evidências o suficiente de uma "desaceleração marcada" para a economia britânica.
Em Frankfurt, os papéis do Commerzbank saltaram 10,77% nesta sexta depois do banco alemão atualizar sua política de retorno de capital e aumentar o plano de pagamento de dividendos e recompra de ações.
Na mesma bolsa, as ações da Lufthansa caíram 0,15% depois da companhia aérea demonstrar interesse em adquirir parte da TAP Air Portugal, que vai ter parte privatizada pelo governo.
A Air France também demonstrou interesse na companhia portuguesa, e os papéis da companhia subiram 0,40% em Paris.
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