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Bolsa fecha em alta de 0,46% e acumula ganho de 4,07% na semana

O Ibovespa encerrou em alta, pela quarta sessão, período em que retomou a trajetória ascendente que havia sido interrompida na semana passada, quando acumulara perda de 1,95% em meio a temores quanto a uma segunda onda de covid-19 no mundo, após avanços,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.06.2020, 18:05:00 Editado em 19.06.2020, 18:11:30
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O Ibovespa encerrou em alta, pela quarta sessão, período em que retomou a trajetória ascendente que havia sido interrompida na semana passada, quando acumulara perda de 1,95% em meio a temores quanto a uma segunda onda de covid-19 no mundo, após avanços, respectivamente, de 5,95%, 6,36% e 8,28% nas semanas anteriores. Nesta sexta-feira, 19, o índice de referência da B3 subiu 0,46%, aos 96.572,10 pontos, acumulando ganho de 4,07% na semana e, até aqui, de 10,49% no mês, limitando as perdas no ano a 16,49%, Em um mês, sobe 19,61%. Elevado, o giro financeiro totalizou R$ 38,7 bilhões, com o índice retornando pelo segundo dia a 97 mil na máxima, a 97.540,33, com mínima a 95.874,30 pontos na sessão.

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À tarde, o Ibovespa perdeu fôlego e oscilou para terreno negativo nos momentos em que Nova York acentuava perdas - o blue chip Dow Jones chegou a cair mais de 1%, em dia no qual a Apple anunciou fechamento de parte das lojas nos EUA em razão do aumento de novos casos de covid-19 no país. Mais cedo, Wall Street reagira mal a novos comentários do secretário de Estado, Mike Pompeo, que voltou a acusar a China de mentir sobre o novo coronavírus e a afirmar que o país tenta afastar os EUA da União Europeia e de países em desenvolvimento.

Ainda assim, o Ibovespa mostrou mais uma vez resiliência, mesmo em dias menos positivos no exterior, como esta sexta-feira. Nas últimas 15 sessões, em intervalo iniciado em 29 de maio, o Ibovespa registrou perdas em apenas quatro, nos dias 9, 10, 12 e 15 de junho, em ajuste mais contido do que o do exterior àquela altura. Assim, na semana passada, o índice da B3 acumulou perda bem menor (-1,95%) do que a observada em Wall Street (de 5,52% para Dow Jones e de 4,77% para S&P 500) e, na que se encerra nesta sexta-feira, avançou mais (4,07%) do que Dow Jones (1,04%), S&P 500 (1,86%) e Nasdaq (3,73%).

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Nesta sexta-feira, MRV fechou na ponta do Ibovespa, em alta de 5,66%, seguida por Raia Drogasil (+4,70%) e Qualicorp (+4,69%). No lado oposto do índice, CSN cedeu 3,78% e Fleury, 3,42%. As ações de commodities tiveram desempenho negativo, com Petrobras ON em baixa de 1,42% e a PN, de 0,60%, enquanto Vale ON caiu 1,78%. Desempenho misto para as ações de bancos, com Santander em alta de 2,05% e Bradesco ON, em baixa de 2,25%;

O cenário de juros reais a zero ou perto disso no Brasil e, no exterior, de ampla disponibilidade de liquidez proporcionada pelos BCs das maiores economias continua a alimentar o fluxo para a B3, que em junho tem acumulado ingresso de recursos estrangeiros - se for mantido até o fim do mês, será o primeiro saldo positivo de investimento estrangeiro na Bolsa brasileira desde setembro de 2019.

Em junho, até o dia 17, a B3 indica saldo positivo de R$ 2,936 bilhões em recursos estrangeiros, enquanto, em 2020, os saques totalizam, em termos líquidos, R$ 73,911 bilhões. Após uma série de quatro saques, os estrangeiros voltaram a alocar recursos na B3 na última quarta-feira, de acordo com os dados mais recentes disponíveis, que apontam ingresso líquido de R$ 858,375 milhões naquela sessão, em que o índice subiu 2,16%, com giro reforçado (R$ 69,4 bilhões) pelo vencimento de opções e futuros do Ibovespa.

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O investidor doméstico, por sua vez, continua a deslocar recursos da renda fixa para a variável, apesar da incerteza em relação ao que as empresas poderão entregar, em termos de resultados, no segundo semestre, em meio a reabertura gradual da economia. A percepção que tem prevalecido até o momento é de que o fluxo tende a prevalecer sobre os fundamentos no curto prazo, com a disponibilidade de liquidez e a busca por rentabilidade em alternativas que envolvem exposição a risco.

Após cortar a taxa de juros em 0,75 ponto porcentual na quarta-feira, e sinalizar a possibilidade de outro ajuste, residual, o Copom trouxe um "direcional" para a Bolsa que contribui para reforçar a migração de recursos da renda fixa para a variável no curto prazo, aponta Shin Lai, estrategista-chefe da Upside Investor Research. "Isso pode ficar mais forte se a curva longa ceder. Há muitos fatores a serem considerados, é preciso aguardar os próximos dados econômicos e a evolução dos índices de desemprego, mas juros mais baixos ajudam na recuperação de setores muito correlacionados à taxa, como a cadeia de construção civil", diz o estrategista, que indica a faixa de 100 mil a 105 mil pontos como "limite superior" para o Ibovespa - que, no entanto, pode vir a ser testado, a depender da evolução da economia.

"Analisando o gráfico, ainda não é possível identificar nenhuma tendência de queda, apenas alta", observa Fernando Góes, analista técnico da Clear. "Como atingir os 100 mil pontos é uma resistência difícil de romper, é possível que o Ibovespa demore um pouco e fique sem tendência, alcançando os 100 mil mas sem definir, e voltando a cair um pouco. Assim que o Ibovespa atingir a marca dos 100 mil pontos, não deve demorar para chegar aos 104/107 mil pontos, rompendo e mostrando força", acrescenta.

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