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Bolsa fecha aos 130.776,27 pontos, em sua melhor série desde fevereiro de 2018

Melhor sequência desde o intervalo entre 14 e 26 de fevereiro de 2018, quando enfileirou nove ganhos seguidos, o Ibovespa estendeu a atual série positiva pela oitava sessão, seis das quais em renovação de máximas históricas no intradia e no fechamento. Ne

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.06.2021, 17:48:00 Editado em 07.06.2021, 17:56:23
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Melhor sequência desde o intervalo entre 14 e 26 de fevereiro de 2018, quando enfileirou nove ganhos seguidos, o Ibovespa estendeu a atual série positiva pela oitava sessão, seis das quais em renovação de máximas históricas no intradia e no fechamento. Nesta segunda-feira, apesar do dia misto em Nova York, o índice da B3 superou os 131 mil pontos no novo pico, a 131.190,30, saindo de mínima a 129.498,16, com abertura a 130.125,36 pontos. No fechamento, mostrava alta de 0,50%, a 130.776,27 pontos, com giro financeiro a R$ 38,6 bilhões. No mês, avança agora 3,61%, elevando o ganho do ano a 9,88%.

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A agenda doméstica e externa foi relativamente fraca nesta segunda-feira, com destaque para os dados sobre a balança comercial da China, positivos, embora abaixo do esperado. Em Nova York, as perdas no Dow Jones e S&P 500 tiveram o contraponto levemente positivo do Nasdaq, que fechou em alta de 0,49% nesta segunda-feira. No fim de semana, o G-7 chegou a acordo sobre reforma fiscal, defendendo que as empresas paguem ao menos 15% de impostos sobre seus rendimentos, observa em nota o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos. "Esse acordo ficou abaixo da sugestão inicial do mandato de Biden, de 21%. Empresas como Google e Facebook responderam positivamente", acrescenta o analista.

No Brasil, desde a última sexta, as notícias sobre a possibilidade de importação, em caráter excepcional, das vacinas Sputinik V, da Rússia, e Covaxin, da Índia, e o adiantamento de doses da americana Janssen, para junho, contribuem para melhorar a perspectiva sobre o ritmo da imunização, enquanto, por outro lado, a crise hídrica é fator que continua a ser acompanhado com atenção pelo mercado, pelo potencial efeito sobre a retomada da economia.

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"O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) enviou uma nota técnica informando que ao menos oito grandes usinas hidrelétricas da região Sudeste devem ficar com os reservatórios perto do colapso total até 30 de novembro", aponta Chinchila, da Terra.

Predominaram na sessão, contudo, os desdobramentos positivos, em Brasília. "A declaração do Arthur Lira (presidente da Câmara) sobre o calendário das reformas e das privatizações - no radar, a votação da MP da Eletrobras, nas próximas semanas, e a privatização dos Correios, que se espera ainda para este ano - foi um dos gatilhos para que a Bolsa daqui se descolasse do exterior ameno e revertesse as perdas da manhã, chegando aos 131 mil pontos, com movimento muito forte especialmente para as ações de bancos", diz Romero Oliveira, head de renda variável da Valor Investimentos, ressaltando também a melhora da percepção de risco entre os investidores.

Para Daniel Miraglia, economista-chefe do Integral Group, "o Brasil segue no embalo de revisões de inflação e PIB, que fazem com que a relação dívida/PIB seja menor do que o projetado no início do ano, um movimento que já vem de duas semanas". "O mercado continua embalado nesta ausência de uma preocupação intensa, no curto prazo, com a situação fiscal; segue aliviando esse receio", acrescenta o economista.

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Ele chama atenção para a divulgação do IPCA, na quarta-feira, e especialmente para o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos, na quinta-feira - leitura mais importante da semana para a calibragem do apetite por risco, pelo efeito direto que costuma produzir sobre os juros da T-note de 10 anos, observa Miraglia.

Setor de maior peso no índice de referência da B3, o desempenho das ações de grandes bancos (Itaú PN +2,35%, BB ON +2,15%, Bradesco ON +1,37%) foi nesta segunda-feira contraponto ao dia negativo para as commodities metálicas, com Vale ON em baixa de 0,97% e perdas em siderurgia de até 2,96% (CSN ON) no fechamento. Com o ajuste negativo no Brent, embora ainda acima de US$ 71 por barril, Petrobras teve dia de ajuste, com a PN em baixa de 0,74%, e a ON, de 0,73%, no encerramento.

Negociado na mínima desta segunda-feira a R$ 5,0189, o prosseguimento da correção no dólar contribuiu para o desempenho de ações de empresas com custos denominados na moeda americana, como Azul (+5,57%, na ponta do Ibovespa na sessão) e Gol (+3,93%). Destaque também para as ações de empresas com exposição à economia doméstica, como as de varejo (Lojas Americanas +3,12%) e bens de consumo (Natura +4,46%), beneficiadas por revisões sobre PIB e inflação no relatório Focus desta segunda-feira. No lado oposto do Ibovespa, Pão de Açúcar fechou em baixa de 4,07% e PetroRio, de 3,90%.

Em dólar, o Ibovespa chegou no período da tarde à marca de 26 mil pontos, com a moeda à vista negociada então na casa de R$ 5,03 na sessão. Na nova máxima histórica intradia, a 131.190,30 pontos, e com dólar a R$ 5,0324, o Ibovespa chegou a 26.069,14 pontos, em torno do maior nível do ano, superando com folga as marcas observadas em maio. Em dólar, o Ibovespa foi a 24.156,58 pontos na última sessão de maio, o mais elevado nível de fechamento de mês no ano, comparado a 21.887,67 pontos no fim de abril e a 20.721,62 no encerramento de março.

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