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Bolsa: alta em NY ecoa na B3, mas espera por novidade fiscal pode limitar

A decisão do Federal Reserve de ser benevolente com a possibilidade de uma inflação mais elevada ainda repercute nos mercados internacionais, sobretudo nos índices futuros em Nova York. O Fed vai passar a utilizar uma nova política baseada numa taxa de in

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.08.2020, 11:03:00 Editado em 28.08.2020, 11:08:02
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A decisão do Federal Reserve de ser benevolente com a possibilidade de uma inflação mais elevada ainda repercute nos mercados internacionais, sobretudo nos índices futuros em Nova York. O Fed vai passar a utilizar uma nova política baseada numa taxa de inflação média de 2%, em mais um esforço para ajudar a economia dos EUA a se recuperar do choque do novo coronavírus. A mudança sinaliza que as taxas de juros americanas deverão continuar próximas de zero por um longo período de tempo. Às 10h51, o Ibovespa subia 0,61%, aos 101.233,61 pontos.

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A ideia é "uma política expansionista a perder de vista. Neste cenário de juro real negativo, dúvida que fica é se isso terá efeito real na economia, ou servirá mesmo para inflar mais os ativos financeiros", questiona Roberto Attuch Jr., CEO da Omninvest.

Essa reação positiva nos EUA que também atinja o Ibovespa ajuda o índice a abrandar a perda na semana, que é de 0,29%. Ontem, fechou no zero a zero, aos 100.623,64 pontos, em dia de instabilidade. No entanto, a cautela fiscal também norteia os negócios.

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"A Bolsa parece estar em uma dinâmica muito particular. É preciso cuidado com o lado fiscal, tem de acompanhar a discussão em torno do auxílio emergencial, sobre o teto de gastos...", completa Attuch Jr.

Hoje, é esperada a apresentação de um novo plano do Renda Brasil pela equipe econômica ao presidente Jair Bolsonaro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve levar a Bolsonaro uma proposta em torno de R$ 300 para o abono salarial, como queria o presidente. Lideranças do Congresso acreditam que, embora Guedes colocará na mesa as alternativas para o Renda Brasil, o encontro vai se centrar mais na discussão do auxílio emergencial.

"Aparentemente existe um acordo no governo de que o auxílio emergencial será estendido por mais dois meses, mas com um valor menor: R$ 300,00. Quanto ao Renda Brasil, segue indefinido até o momento, enquanto a equipe econômica discute alternativas para sua implementação", observa em nota a MCM Consultores.

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Isso pode fazer com que a equipe econômica ganhe tempo e amadureça as ideias sobre o Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família. O assunto tem incomodado os mercados, especialmente após o presidente Bolsonaro ter adiado o lançamento do programa esta semana por divergência com a equipe econômica, culminando em especulações sobre a permanência de Guedes no cargo e renovados temores em relação às contas públicas do país.

Ainda nesta seara o investidor avalia a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), que autorizou a transferência de R$ 325 bilhões das reservas de resultado cambial do Banco Central para o Tesouro. Os recursos serão usados para o pagamento da dívida pública. Apesar de bem recebida por alguns, outros chamam a atenção para um certo "jeitinho" no governo para driblar as contas. O subsecretário da Dívida Pública, José Franco, negou que a transferência dos lucros cambiais do BC seja uma "pedalada fiscal".

Apesar da queda do petróleo no mercado internacional, as ações da Petrobras sobem ente 0,45% (PN) e 0,62% (ON). A empresa assinou ontem acordo para venda de 27 concessões terrestres de exploração e produção no Espírito Santo, chamado de Polo Cricaré. Os papéis da Vale ON também avançam (0,56%), repercutindo a valorização de 1,76% do minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao, na China, no fechamento hoje.

Em tempo: Eletrobras alterou o cronograma dos desligamentos sem justa causa de empregados da empresa, postergando-os para 2 de janeiro de 2021. Os papéis sobem perto de 1,00%.

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