O presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, reafirmou nesta sexta-feira (20) que a instituição irá manter a atual política "extremamente expansionista" até atingir sua meta oficial de inflação de 2% de forma "sustentável e estável".
Kuroda, que falou durante painel do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, também defendeu a decisão do BoJ, em dezembro, de alargar a banda de variação do rendimento do bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos, apesar da turbulência causada nos mercados japoneses.
No mês passado, o BC japonês ampliou a faixa de oscilação do JGB de 10 anos para -0,50% a 0,50%. A banda anterior era de -0,25% a 0,25%. Em decisão de política monetária anunciada na quarta-feira (18), porém, o BoJ deixou a faixa inalterada, dissipando rumores sobre um novo alargamento.
Kuroda disse também durante o painel que o Japão provavelmente cresceu em torno de 2% no ano fiscal de 2022 e deverá ter desempenho semelhante no ano fiscal de 2023, o que, segundo ele, significa que "a lacuna do Produto Interno Bruto (PIB)" está se fechando, após os impactos que a economia do país sofreu durante a pandemia de covid-19.
Ainda em Davos, Kuroda previu que a inflação no Japão deverá começar a desacelerar a partir de fevereiro e ficar abaixo de 2% no ano fiscal de 2023.
Dados oficiais publicados nesta sexta-feira mostraram que a taxa anual do núcleo da inflação japonesa atingiu 4% em dezembro, o maior nível em 41 anos. Kuroda, porém, argumentou que o salto foi causado principalmente pelo aumento do imposto de importação do país.
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