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BNDES não será mais banco que vai 'atrás do sujeito para emprestar', diz Haddad

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista à GloboNews no período da tarde desta quarta-feira, 14, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja presidência será assumida pelo coordenador técnico do gover

Cícero Cotrim e Clarice Couto (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Clarice Couto (via Agência Estado)
Publicado em 14.12.2022, 17:48:00 Editado em 14.12.2022, 17:55:51
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O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista à GloboNews no período da tarde desta quarta-feira, 14, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cuja presidência será assumida pelo coordenador técnico do governo de transição, Aloizio Mercadante, não será mais um banco que vai "atrás do sujeito para emprestar". "Cabe ao BNDES estruturar operações. O BNDES tem de ser tópico e preciso", afirmou.

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Questionado sobre sua relação com Mercadante e o alinhamento de políticas, Haddad disse ter um "diálogo muito bom" com ele e que nesta quarta o futuro presidente do BNDES ligou manifestando interesse em se reunir com o próximo ministro da Fazenda.

COP-27

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Em referência à sua passagem e à do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), realizada no mês passado no Egito, Haddad avaliou que o Brasil pode se beneficiar do crescente interesse internacional pela chamada "economia verde.

"O Brasil tem uma oportunidade de ouro com a economia verde. É possível preservar e produzir, nós (governos anteriores do PT) mostramos que é possível", disse Haddad. "Nos nossos governos, o desmatamento caiu 83% e teve alta de 75% da produção agrícola."

Agenda de crédito

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O futuro ministro da Fazenda ainda que o País precisa avançar na agenda de crédito para alavancar a sua economia. Segundo o petista, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, teria dito que há muitos projetos nessa área atualmente travados pela burocracia do governo.

Entre outros vetores que podem auxiliar a atividade, Haddad citou a integração da economia brasileira com o mundo.

Ele criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter deixado o Mercosul "em quinto plano" e afirmou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai avançar em uma agenda de acordos bilaterais e multilaterais.

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Haddad disse ainda que há uma chance grande de que Lula vá aos Estados Unidos já em janeiro, como chefe de Estado, para sua primeira visita oficial ao país. Segundo o futuro ministro, o presidente americano, Joe Biden, já mandou recados por intermediários de que está interessado em encontrar o petista.

O futuro ministro acrescentou, no entanto, que a tendência é de que Lula atue para reposicionar o Brasil em relação aos Estados Unidos e à China, de forma a aproveitar as oportunidades no cenário global.

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