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BC/Guillen: reformas devem ter aumentado PIB potencial, mas é difícil avaliar quantitativamente

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, repetiu que o conjunto de reformas econômicas aprovadas nos últimos anos deve ter aumentado o crescimento potencial do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, embora seja difícil quantificar

Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 24.10.2024, 10:03:00 Editado em 24.10.2024, 10:09:03
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O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, repetiu que o conjunto de reformas econômicas aprovadas nos últimos anos deve ter aumentado o crescimento potencial do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, embora seja difícil quantificar o acréscimo.

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"Tenho a visão de que, em termos de direção, todas essas reformas impulsionaram o crescimento potencial, mas acho difícil fazer uma avaliação quantitativa, devido à pandemia", ele disse, em um evento do banco Citi, em Washington DC.

Estímulo fiscal

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Diogo Guillen também disse que o estímulo fiscal é um dos fatores que explicam a resiliência do consumo no Brasil, pelo seu efeito sobre a demanda agregada. Mesmo com alguma expectativa de diminuição do impulso fiscal, será importante observar como esse processo vai acontecer para calcular os seus efeitos sobre a inflação.

"Há muitas coisas que temos de olhar nesse impulso fiscal, e a primeira é a composição: talvez você tenha uma redução dos gastos fiscais, mas parte dessas despesas são aquelas que não têm tanto multiplicador fiscal quanto aquelas que vão continuar", ele exemplificou, no evento.

O segundo ponto é incorporar ao cenário os impactos de anúncios de política fiscal na curva de juros. Segundo Guillen, mesmo que a política fiscal se torne mais contracionista, ela ainda pode ser inflacionária, devido ao impacto na taxa de câmbio decorrente da movimentação da curva de juros.

Guillen também chamou atenção para a "sazonalidade" da política fiscal, com mais estímulos na primeira metade do ano e menos no segundo semestre. "Isso é mais uma mudança sazonal do que uma mudança na postura fiscal", ele disse. Além da política fiscal, Guillen citou o mercado de trabalho resiliente e o crédito como explicações para a força do consumo.

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