O risco de a inflação na zona do euro ficar abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) é agora tão grande quanto o de excedê-la, afirmou o dirigente do BCE e presidente do BC da França, François Villeroy de Galhau.
Na quinta-feira, 17, o BCE cortou seus juros pela terceira vez este ano, em decisão que marcou a primeira redução consecutiva das taxas desde 2011, em um momento em que a perspectiva econômica se enfraquece.
Em comunicado nesta sexta-feira, 18, Villeroy de Galhau sinalizou que esse não será o último corte de juros. "O risco de ficarmos abaixo de nossa meta é o mesmo de ultrapassá-la", disse. "Devemos continuar reduzindo o grau de restrição de nossa política monetária conforme for apropriado."
Villeroy disse também que a inflação na zona do euro deverá alcançar a meta de 2% do BCE de forma sustentável "mais cedo do que se esperava em 2025", em um momento em que não há sinal claro de aceleração do crescimento econômico.
"A persistente moderação do investimento e do consumo privados, em particular com o recente avanço das taxas de poupança das famílias, justifica essa nova queda das taxas de juro", afirmou.
O BCE cortou a taxa de depósito em três ocasiões desde junho, com reduções de 25 pontos-base por vez, mas Villeroy de Galhau sugeriu que cortes mais agressivos são possíveis.
"O ritmo (de cortes dos juros) deve ser de ágil pragmatismo: em um ambiente internacional de fortes incertezas, deixamos todas as opções em aberto para nossas próximas reuniões", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.
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