O Banco Central adicionou questionamentos sobre as projeções de economistas para o desempenho do mercado de trabalho no Questionário Pré-Copom (QPC) de julho. O documento foi enviado aos analistas antes da próxima reunião do colegiado, marcada para os dias 30 e 31 deste mês.
Nesta edição, a autoridade monetária pediu projeções para a taxa de desemprego do País tanto na média, como no fim de 2024 e 2025. Solicitou, também, estimativas para a taxa de participação, o rendimento habitual e efetivo real, a população ocupada e a geração líquida de postos formais no Caged.
Esses questionamentos não constavam no QPC anterior, de junho. Em eventos públicos, os diretores do BC têm ressaltado que o mercado de trabalho brasileiro está dinâmico, mas que ainda não é possível ver um repasse claro dessa dinâmica para a inflação.
O BC deixou de perguntar as estimativas dos analistas para a taxa real de juros neutra e a taxa de crescimento potencial do Produto Interno Bruto (PIB). Na mais recente ata do Copom, a autoridade monetária aumentou a sua estimativa de juro neutro, de 4,5% para 4,75%.
Também saíram do questionário as perguntas sobre variação do saldo nominal de crédito, variáveis do balanço de pagamentos e hiato do produto. O BC também revisou a própria estimativa de hiato nas comunicações mais recentes.
Como de costume, a autoridade monetária pediu projeções do mercado para a taxa Selic nas três próximas reuniões. Essas estimativas incluem tanto o que se espera que o BC faça, como aquilo que cada analista considera que ele deveria fazer.
O QPC também pede projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e seus componentes, de câmbio, de preços de petróleo e de inflação - inclusive a média dos núcleos -, tanto deste ano, como de 2025. O BC indaga sobre o viés preponderante nas projeções para o IPCA e sobre o impacto das enchentes no RS na inflação, atividade e resultado primário.
Na seara fiscal, o BC pede projeções de resultado primário do governo central e dos governos regionais e de dívida em 2024 e 2025. Também questiona qual é o impacto que os analistas adicionaram ao cenário das medidas anunciadas para recomposição de receitas.
No cenário internacional, a autoridade monetária pediu projeções de crescimento do PIB e de inflação nos Estados Unidos e na China. Também solicitou estimativas para os juros de curto prazo e da T-Note de dez anos nos EUA, no fim de 2024, no fim de 2025 e no longo prazo.
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