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BC revisa estimativa de hiato do produto no fim de 2024, de -0,6% para -0,4%

O Banco Central informou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua estimativa para o hiato do produto, uma variável não-observável que mede a ociosidade na economia. Para o segundo trimestre de 2024, a projeção passou de -0,6% para 0%. Para o quarto

Cícero Cotrim, Fernanda Trisotto e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim, Fernanda Trisotto e Eduardo Rodrigues (via Agência Estado)
Publicado em 27.06.2024, 11:03:00 Editado em 27.06.2024, 11:08:56
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O Banco Central informou, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua estimativa para o hiato do produto, uma variável não-observável que mede a ociosidade na economia. Para o segundo trimestre de 2024, a projeção passou de -0,6% para 0%. Para o quarto trimestre de 2024, a estimativa passou de -0,6% para -0,4%. A avaliação é de que o hiato do produto passou de valores levemente negativos para valores em torno da neutralidade.

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"As condições monetárias mais restritivas fazem com que a abertura do hiato seja mais pronunciada do que no Relatório anterior, com impactos relevantes para as projeções de inflação. Ressalta-se que, em virtude da elevada incerteza existente nas estimativas do hiato do produto, o Copom avalia projeções com diferentes estimativas e cenários para essa variável", aponta o documento.

A avaliação é de que dados de PIB e mercado de trabalho vieram mais fortes do que o esperado. No caso do mercado de trabalho, o documento destaca a queda na taxa de desocupação e sua velocidade e também as contratações formais líquidas, que já estavam em patamar significativo e aumentaram. Outro fator avaliado foi o crescimento real anual dos salários que, embora tenha diminuído, permanece entre os maiores valores da série histórica.

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No RTI, o BC afirma que as condições financeiras ficaram mais restritivas em abril, arrefeceram em maio e voltaram a piorar em junho, como medido pelo Indicador de Condições Financeiras (ICF), que reflete uma série de elementos e não deve ser interpretado como indicador de estímulo ou aperto monetário.

"A piora nas condições financeiras foi puxada pela depreciação do real, em magnitude bastante superior à de outras economias emergentes, e pela elevação das taxas de juros futuras domésticas, complementada ainda pela elevação do prêmio de risco país, queda da bolsa de valores doméstica e aumento das taxas de juros futuras em economias avançadas", diz o documento. No sentido oposto, pesaram a queda do preço do petróleo, a elevação dos preços de commodities agrícolas e metálicas e a valorização das bolsas de valores externas.

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