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BC não vê convergência da inflação ao centro da meta, de 3%, até 3º trimestre de 2027

O Banco Central (BC) atualizou, no Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado nesta quinta-feira, a trajetória da inflação esperada. A autarquia não vê convergência do IPCA para o centro da meta de 3% até pelo menos o terceiro trimestre de 2027. "Nas

Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 27.03.2025, 08:56:00 Editado em 27.03.2025, 09:03:54
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O Banco Central (BC) atualizou, no Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado nesta quinta-feira, a trajetória da inflação esperada. A autarquia não vê convergência do IPCA para o centro da meta de 3% até pelo menos o terceiro trimestre de 2027. "Nas projeções do cenário de referência, a inflação continua acima do limite do intervalo de tolerância ao longo de 2025, começando a cair a partir do quarto trimestre, mas ainda permanecendo acima da meta", considerou a autoridade monetária.

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Nesse cenário apresentado pelo Banco Central, a inflação acumulada em quatro trimestres fica na faixa de 5,5% a 5,6% nos três primeiros trimestres de 2025, cai para 5,1% no final do ano, 3,7% em 2026 e 3,1% no último período considerado, referente ao terceiro trimestre de 2027. No horizonte relevante de política monetária, considerado como sendo o terceiro trimestre de 2026, a inflação projetada é 3,9%. A projeção para a inflação cheia de 2025, de 5,1%, já havia sido divulgada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada.

Considerando as projeções mensais, o BC destacou que a inflação acumulada em 12 meses fica acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta por seis meses consecutivos em junho deste ano. "No caso de concretização desse cenário, se caracterizará descumprimento da meta para a inflação e será necessária a publicação das razões desse descumprimento por meio de nota neste Relatório e de carta aberta ao Ministro da Fazenda", lembrou a autoridade monetária.

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O detalhamento das projeções do BC é a seguinte, sempre considerando o IPCA em 12 meses: 5,6% no fim do primeiro trimestre de 2025; 5,5% no segundo e 5,6% no terceiro. No primeiro trimestre do ano que vem a estimativa é de 4,3% e, do segundo, de 4,2%. Para o terceiro, a taxa esperada é de 3,9% e, para o fim do ano, de 3,7%. No primeiro trimestre de 2027, o IPCA deve ficar em 3,4%, cedendo para 3,3% no segundo e atingindo 3,1% no terceiro, que é o último número da série.

A autarquia divulgou também uma projeção para a evolução dos preços livres e administrados. O cenário leva em conta uma inflação de preços livres de 5,1% em 2025, de 3,8% nos 12 meses até o terceiro trimestre de 2026 e de 3,0% no terceiro trimestre de 2027, último período para o qual há dados. Para os preços administrados, as projeções são de 4,3%, 4,2% e 3,7%, respectivamente.

Todos os números consideram o cenário de referência do BC, que usa a taxa Selic da pesquisa Focus (do dia 17 de março), uma taxa de câmbio que começa em R$ 5,80 e evolui conforme a paridade do poder de compra (PPC) e preços do petróleo que seguem a curva futura por seis meses e, depois disso, sobem 2% ao ano. A hipótese é de bandeira energética verde no fim de 2025.

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