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BC não tem nenhum apego a preço de câmbio, intervém quando há volatilidade, diz diretor

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou nesta sexta-feira, 21, que a autoridade monetária não tem nenhum apego a preço de câmbio e que faz intervenções quando é necessário por conta da volatilidade. Ele participou de uma li

Cícero Cotrim e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim e Fernanda Trisotto (via Agência Estado)
Publicado em 21.02.2025, 12:55:00 Editado em 21.02.2025, 13:04:10
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O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou nesta sexta-feira, 21, que a autoridade monetária não tem nenhum apego a preço de câmbio e que faz intervenções quando é necessário por conta da volatilidade. Ele participou de uma live organizada pelo Bradesco BBI.

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"A nossa primeira linha de defesa para a política monetária é o câmbio flutuante. O Banco Central não tem nenhum apego a preço ou objetivo de câmbio, as intervenções, quando acontecem, é porque o Banco Central viu, percebeu uma disfuncionalidade, aí os instrumentos que estão à disposição são os que ele vai imaginar que vão ser os mais eficazes para aquele tipo de movimento que foi causado, é simples assim. Um instrumento vai funcionar melhor para um caso ou para outro caso, dependendo do que causou aquela disfuncionalidade pela discricionariedade do Banco Central", comentou David.

O diretor refletiu que o dólar está num momento historicamente valorizado frente a outras moedas e defendeu que é preciso entender quanto do câmbio é movimento do dólar e quanto é do real.

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Nilton David também afirmou que o Brasil tem mercado de derivativos de câmbio muito grande em relação ao spot - enquanto a operação em derivativos está no patamar de US$ 40 bilhões, o spot é de US$ 2 bilhões. Mais uma vez, ele defendeu as ferramentas do Banco Central e o uso após a avaliação do caso específico. "O jeito ideal seria você atuar onde você percebeu a disfuncionalidade, e como a atuação vem por uma observação de disfuncionalidade, a gente consegue mapear exatamente o que está causando a coisa, e é assim que funciona", disse.

Questionado sobre a existência de um nível de reservas que o BC considera o ideal, ele rechaçou a ideia. "Não tem nenhuma métrica, nenhum nível que a gente acredite que seja o ideal. O que existe é o fato, como o dólar é flutuante, você pode imaginar que teoricamente você não precisa de reservas, se você acha que você precisa por eventos de disfuncionalidades, você tem que ter alguma reserva, se você quiser manter o dólar fora do lugar. Não existe quantidade de reservas que resolva. A experiência mostra isso, é simples assim, ninguém tem nenhuma pretensão de ter um preço artificial do câmbio, nem que seja momentâneo, isso é longe de qualquer debate", disse.

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